Num estudo realizado online, que envolve perguntas a pais e filhos (entre os 14 e os 18 anos), a percentagem de jovens que afirma utilizar a Internet sem qualquer supervisão é de 61 por cento. Não obstante, 52 por cento dos pais garantem que vigiam a utilização feita pelos filhos.

Apesar dos cuidados, 69 por cento dos pais acreditam que os adolescentes se sabem proteger e que estão seguros. Por outro lado, 45 por cento dos jovens consideram "muito limitados" ou mesmo "nulos" os conhecimentos dos pais no que respeita à Internet.

Um dos problemas pode estar relacionado com os critérios de avaliação dessa "segurança" por parte dos adolescentes. Isto porque a grande maioria faz uso de plataformas online como as redes sociais (68 por cento), nas quais publica e partilha dados pessoais, mesmo com desconhecidos.

Trinta e nove por cento dos adolescentes entrevistados sentem-se seguros para publicar informações pessoais online, sendo que 1 em cada 8 divulga a morada de casa e 23 por cento incluem nos perfis o nome da escola que frequentam.

A partilha de imagens encontra-se ainda mais popularizada, com 58 por cento dos jovens a garantir que publica fotografias e vídeos, suas e de amigos, em sites de redes sociais.

Quarenta e um por cento dos adolescentes publicam ainda nos perfis os contactos que utilizam em serviços de troca de mensagens instantâneas, o que poderá ajudar a explicar que 68 por cento deles já tenham sido contactados por desconhecidos e 49 por cento tenha respondido. A curiosidade é a razão invocada.

O estudo foi apresentado pela Microsoft, a propósito do Dia da Segurança na Internet, que se comemora amanhã, 9 de Fevereiro. A análise inclui dados relativos a 11 mercados, num total de 14.181 inquiridos, incluindo Portugal, onde a amostra inclui 525 respostas - recolhidas através do MSN.