A indústria musical pretende alargar o seu âmbito de actuação contra o que considera ser o uso abusivo dos direitos de autor. Com este objectivo a Music Publishers Association planeia lançar uma campanha contra os sites com tabelas de música não oficiais e letras de canções, já no início de 2006.



O presidente da associação que representa a indústria americana garante que quer ver os responsáveis por sites deste tipo "atrás das grades", medida que considera indispensável para garantir o sucesso da campanha contra estes sites. Lauren Keiser diz que embora este tipo de conteúdo seja muito comum na Internet é "totalmente ilegal" e acrescenta que se as autoridades "fizerem algumas detenções" a campanha que a associação está a preparar "será um pouco mais eficaz", cita a BBC News.



As declarações do responsável máximo da MPA revelam que a associação está disposta a descer alguns degraus na sua estratégia de combate ao uso indevido de material alegadamente protegido por direito de autor. Até agora, a indústria tem concentrado esforços no combate ao que designa por grandes piratas, utilizadores de redes peer-to-peer que usam a tecnologia para trocar grandes volumes de música ou filmes.



Estas acções têm decorrido em paralelo com a tentativa de responsabilizar criminalmente as próprias redes P2P com o argumento de que estas não levam a cabo todas as medidas ao seu alcance para prevenir o uso ilegal do seu software. Na Austrália um processo com estas características levou ao encerramento - pelo menos temporário - do site Kazaa.



Na história das disputas legais envolvendo a indústria da música é no entanto inédita uma acção especificamente dirigida a sites com tabelas de músicas ou letras, pelo menos com um apoio formal da MPA.



De acordo com as últimas declarações do presidente da associação as primeiras acções da organização vão dirigir-se "aos grandes sites que as pessoas pensam serem legais e que são muito, muito populares".



Notícias Relacionadas:

2005-12-06 - Kazaa Austrália desligado até nova ordem