Durante seis anos um grupo de investigadores decidiu comprovar as verdadeiras capacidades de proteção dos utilizadores do browser Tor. O resultado? Quem o usa está longe de estar realmente protegido ao nível da privacidade.



Nos testes que a equipa de investigadores fez em laboratório foi possível identificar todos os utilizadores que estavam a usar a rede Tor. Quando a pesquisa envolveu utilizadores “aleatórios”, os resultados baixaram um pouco, mas continuaram a apresentar uma alta taxa de sucesso: mais de 80% das pessoas foram identificadas.



O problema não está na rede TOR em si, é preciso salientar, mas antes nos routers Wi-Fi que usam tecnologias similares à NetFlow da Cisco – isto é, um sistema que faz a gestão de entrada e saída de IPs de uma máquina. Apesar de o sistema e os routers da tecnológica norte-americana serem referenciados vários vezes no estudo liderado por Sambuddho Chakravarty, os investigadores relembram que empresas como a Juniper, a Huawei e a Alcatel-Lucent têm ferramentas similares nos seus routers.



Em teoria isto significa que bastaria a um pirata informático saber adaptar a forma de ataque – enviar ficheiros HTML para o router com o objetivo de conseguir uma correspondência entre os dados que estão a ser enviados e recebidos pelo utilizador.



O estudo conclui que determinados Governos, se assim o quiserem, têm meios e capacidade para explorar falhas do género.



Um especialista de segurança ouvido pelo International Business Times disse a propósito dos resultados da investigação que esta é uma boa altura para relembrar os utilizadores de que não há nada 100% seguro. Jayson Street, da Pwnie Express, explicou que os utilizadores precisam de tomar precauções extra mesmo quando estão a usar o Tor.


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