Durante os últimos 20 anos o software malicioso evoluiu, passando da ameaça pontual a uma indústria criminosa actualmente avaliada em vários milhões de dólares, avisa a OCDE no estudo "Malicious software: a security threat to the Internet economy".



A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico encara o cibercrime, nomeadamente o roubo de dados, a espionagem e os ataques aos sites governamentais e empresariais, como uma séria ameaça à economia Internet.



Nos últimos cinco anos verificou-se um aumento dos ataques a sistemas e roubo de informação, dinheiro e identidade. O relatório da OCDE refere agentes como os zombies, os worms, as botnets e os cavalos de tróia, através dos quais os criminosos usurpam identidades, recrutam e organizam computadores para ataques coordenados, entre outras acções que podem eventualmente chegar ao roubo de dados para pedidos de resgate.



Para a OCDE, o hacking abandonou definitivamente a fase da adolescência dos primeiros tempos do computador pessoal, para se transformar numa arma de poder crescente nas mãos de verdadeiros criminosos. "Os cibercriminosos estão cada vez mais abastados e por isso, com mais poder financeiro para criarem ferramentas de destruição mais potentes", refere-se no estudo.



Por outro lado, a organização mundial considera que as entidades envolvidas na luta contra o malware oferecem essencialmente "respostas locais fragmentadas" a uma ameaça que é global. A resolução do problema passará essencialmente pela cooperação internacional, alerta a OCDE.


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