Na Papua Nova Guiné, o acesso ao Facebook vai estar vedado durante um mês. A medida vai ser tomada para que as autoridades locais possam estudar a forma como os internautas utilizam aquela rede social, ao pormenor.

O departamento papuásio responsável pelos assuntos da comunicação e tecnologia, explicou que o maior objetivo por detrás desta suspensão temporária está na investigação à comunidade de contas falsas e aos utilizadores que carregam pornografia e notícias falsas na plataforma. "Isto vai fazer com que as pessoas genuínas, com identidades reais, utilizem a rede social de forma mais responsável", declarou, em conversa com o jornal Papua New Guinea Today, o Ministro da Comunicação, Sam Basil. Note que o representante não confirmou em que mês será suspensa a plataforma.

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A medida está ainda enquadrada na lei do país que criminaliza o assédio, o bullying, a pornografia infantil e adulta, a publicação de informações privadas e alguns tipos de publicidade no mundo digital. O blackout vai servir para reforçar a aplicação desta legislação, uma vez que será revista parte da atividade registada no Facebook, durante os últimos meses ou anos, por parte de utilizadores locais. Em cima da mesa está também a criação de uma rede social nacional, exclusiva para internautas daquele país. O governo acredita que assim, os utilizadores poderiam ter a certeza de que estavam a contactar com perfis genuínos e verdadeiros, de pessoas reais.

Não é clara a razão pela qual o executivo precisa de vedar o acesso ao Facebook para conduzir esta análise. A imprensa internacional sugere que o país está apenas a mostrar a sua indignação com os últimos escândalos que envolveram o nome daquele site. O facto de apenas 12% da população papuásia ter acesso à internet, vai certamente garantir que a medida não trará consequências negativas de maior peso para o governo.