Os ataques de phishing - esquemas fraudulentos destinados a roubar dados sensíveis do utilizador - mais que triplicaram durante o mês de Abril, revela o último relatório da empresa de Symantec, que aponta o aumento dos ataques em português como um dos principais factores responsáveis pelo crescimento.

De acordo com o relatório mensal da empresa de segurança, o aumento de 33 por cento com relação a Março deve-se, em grande parte, ao aumento dos ataques em francês e português. Os redigidos na língua portuguesa centram-se sobretudo nos serviços de informação e sector financeiro.

Apesar disso, Portugal não figura na lista dos países apontados como principais emissores de mensagens de phishing, como acontece com a França (que ocupa o 6º lugar da tabela) e Canadá (3º lugar) ou o Brasil, que entra este mês para o Top 10 - o que poderá ajudar a explicar a forte incidência da língua portuguesa nos emails destinados ao roubo de dados. A tabela continua a ser liderada pelos EUA.

[caption]State of Spam & Phishing, Symantec[/caption]

Com o aumento verificado, os esquemas de phishing passam a ser responsáveis por 17 por cento do total de spam enviado em Abril - mês em que o volume de mensagens não solicitadas se manteve nos 89,22 por cento, apresentando uma ligeira descida face aos 89,34 por cento registados em Março.

No que respeita ao spam, globalmente considerado, os Estados Unidos apresentam-se mais uma vez no topo da tabela, sendo responsáveis por 24 por cento do total de mensagens de correio electrónico não solicitadas, seguidos da Índia, Holanda e Brasil, que aqui ocupa o 4º lugar, com 4 por cento da quota a seu cargo (menos um ponto percentual que o mês anterior).

Não obstante a ligeira descida do spam nível global, a quota da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) continua a aumentar, sendo responsável por 45,2 por cento do total de todo o spam enviado a nível mundial, em Abril, faz notar a Symantec.