No final de janeiro estreava em Portugal o wePinch, uma plataforma online que quer reunir profissionais, ideias de startups e investidores. Agora que fevereiro está a chegar ao fim, Andreia Onofre faz um primeiro balanço do projeto.

"Neste momento temos cerca de 5.000 utilizadores e 230 projetos. Tem sido impressionante. Temos tido um crescimento muito rápido", revela a fundadora da plataforma ao TeK. "É motivante, estamos muito satisfeitos e o nosso foco é crescer", acrescentou a responsável.

Nas primeiras semanas de vida também já foi possível perceber que uma boa parte dos projetos é de base tecnológica. Tecnologias da Informação (TI), Web, mobile e jogos são os temas mais comuns dos projetos dos starters, os que se inscrevem no wePinch com uma ideia de negócio. Seguem-se depois as áreas da comunicação, e do turismo e restauração.

Dos profissionais que se dispõe a trabalhar nos projetos a oferta parece condizer com a procura, sendo novamente as TI, Web, mobile e jogos os segmentos que mais caracterizam o perfil de quem se quer juntar a alguma startup.

Mas a surpresa vem do lado dos investidores. Andreia Onofre ainda não conseguiu definir bem o perfil-tipo desta categoria de utilizadores do wePinch. "Neste momento face ao número de investidores que já captámos, acreditamos estar a chegar a vários perfis, ou seja, a pessoas que têm algumas poupanças e que estão dispostas a investir numa startup, assim como a investidores profissionais que procuram projetos mais estruturados", explicou a fundadora do projeto.

Com esta mistura de perfis o objetivo de "'democratizar' o surgimento de novas empresas, que muitas vezes apenas necessitam de um pequeno investimento para poderem avançar", parece mais fácil de concretizar.

E a química entre os vários intervenientes também está a dar de si. "Sempre que abrimos o wePinch vemos uma rede social viva e a crescer. Temos já imensos profissionais associados a diversos projetos e, do que nos é dado a ver online, percebemos que há projetos a exercerem uma verdadeira atração sobre os profissionais, apresentando equipas recheadas", explica Andreia Onofre.

Coração em Portugal, cabeça lá fora

Agora o wePinch vai crescer para o estrangeiro. A fundadora revela que "brevemente" vai ficar disponível "a versão em Inglês, espanhol e português do Brasil" da plataforma, sendo que durante a segunda quinzena de março será anunciada a entrada em alguns países da América Latina".

E estes vão ser os primeiros passos de quem quer ser a "Amazon das startups". "No wePinch há lugar para as startups tecnológicas que necessitam de recursos humanos altamente qualificados, assim como para os projetos que possam necessitar de colaboradores com competências artesanais. Ou seja, queremos ter projetos para todas as classes de profissionais e profissionais para todo o tipo de projetos", explica a responsável pelo projeto a propósito do ojetivo traçado.

Mas não é só o wePinch quem vai para o estrangeiro. O objetivo é que pessoas e projetos possam ir com a plataforma. Andreia Onofre quer "assistir à criação de equipas multi-nacionais e pensar num cenário em que uma startup portuguesa recruta um programador em Singapura e um designer em Nova Iorque".

Sobre o panorama do empreendedorismo em Portugal, Andreia destacou a visão europeia de que Lisboa é um centro de empreendedorismo e que Portugal tem "projetos de elevadíssima qualidade, que romperam com as fronteiras nacionais ao nível do mercado e da captação de investimento".

Para os críticos, que dizem que o empreendedorismo é apenas uma moda e um jargão que assenta bem nos tempos modernos, Andreia responde com o trabalho que tem sido feito.

"Muitas das startups que nascem, dentro deste ecossistema de suporte ao empreendedorismo, hão-de inspirar o nascimento de futuras startups, assim como algumas das que perecem servirão de trampolim aos seus fundadores para novas tentativas. Estamos a ativar uma espécie de genoma empreendedor, pelo que em vez de 'moda', acredito estarmos perante uma sólida tendência que vem para ficar".

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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