O Estado tem um plano de transição digital para o ensino, prometendo computadores para cada aluno e outras ferramentas digitais de apoio aos professores e alunos. O isolamento derivado à pandemia da COVID-19 tem vindo a acelerar o processo de forma a criar as melhores condições tanto no ensino presencial como em casa.
Durante o período de suspensão das atividades letivas, em vigor desde 16 de março até ao fim do ano letivo anterior, a Porto Editora refere que mais de 1,2 milhões de utilizadores, na maioria alunos, estiveram registados na sua Escola Virtual, uma plataforma de ensino à distância.
Indo de encontro a esta nova realidade, a Porto Editora realizou um inquérito de satisfação da sua plataforma a 11 mil professores e encarregados de educação sobre um estudo de satisfação sobre as plataformas educativas e de comunicação, fornecendo elementos úteis para possíveis cenários futuros, incluindo a transição digital. O inquérito foi feito nas duas primeiras semanas de julho.
Os resultados mostram que 76% dos encarregados de educação salientam a importância do manual escolar em papel, e 50% dos professores têm opinião semelhante. Nesse sentido, o estudo revela que 96% dos alunos utilizaram manuais em papel, e que 52% nunca acedeu à respetiva versão digital. Este dado justifica-se pelo facto de dezenas de milhares de alunos não terem acesso a computador ou internet em casa.
O estudo indica que o digital e o papel podem-se complementar. E que 89% dos professores reconheceram que passaram a usar mais as funcionalidades proporcionadas pelas plataformas educativas (vídeos, interatividades, recursos associados aos manuais digitais, fichas editáveis de avaliação, etc.).
Refere ainda que 90% dos professores avaliaram os seus alunos fundamentalmente através da participação nas aulas/tarefas e dos trabalhos assíncronos, com cerca de um terço dos professores a avaliarem os seus alunos com base nos testes feitos nas plataformas educativas, sobretudo junto dos alunos mais velhos. E 76% dos professores afirmaram terem criado essas tarefas com base nas plataformas educativas e que as enviaram por e-mail (55%).
A Porto Editora deu acesso gratuito à Escola Virtual, minutos depois do anúncio do Primeiro-Ministro no dia 12 de março, da suspensão das atividades letivas presenciais. Sendo um dos atores das ferramentas e conteúdos digitais de ensino, que tanto debate gerou sobre a transição digital, a Escola Virtual assume-se como um barómetro para a definição de estratégias futuras, fornecendo dados úteis sobre a evolução do envolvimento e da utilização de uma plataforma de ensino à distância.
No que diz respeito à sua plataforma de ensino digital, a Porto Editora refere que a partir do dia 13 de março passou de 200 mil utilizadores para o dobro em pouco de um mês, e que no início de maio tinha ultrapassado o milhão de alunos inscritos. Em um mês, os professores criaram mais de 50 mil turmas, sendo que no período total ultrapassou as 87 mil turmas. Foram realizados mais de 60 mil testes. E até ao final do ano letivo anterior, os alunos tinham realizado cerca de 2,5 milhões de exercícios na plataforma.
Ainda sobre os resultados de satisfação da Escola Virtual, a grande maioria dos educadores e professores revelaram-se bastante satisfeitos com a plataforma, destacando os vídeos e áudios, assim como os recursos digitais associados aos manuais escolares.
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