
Na segunda semana de agosto o Spotify começou a comunicar aos utilizadores portugueses uma alteração que foi feita nos termos de utilização. Ao fim de seis meses de música ilimitada gratuita, cada conta registada só vai poder consumir 10 horas de conteúdos via streaming. Mas porquê esta alteração?
Na perspetiva dos utilizadores há sempre quem não goste deste tipo de mudanças. Em Portugal não foi diferente e depois da notícia do TeK surgiram comentários que mostraram o desagrado aos novos termos de utilização.
"Gananciosos, todos querem a mesma coisa... dinheiro... eu estava a achar fartura de mais... já vi que não há volta a dar, são todos iguais e todos querem o mesmo", escreveu Sandro Garcia.
A verdade é que Portugal está apenas a entrar em linha com o que já é feito noutros países. Nos restantes mercados europeus onde o Spotify marca presença também há um limite de dez horas de música por mês após os seis meses iniciais. Nos mercados onde isso não acontece é porque os acordos com as editoras permitem uma melhor gestão dos conteúdos fornecidos de forma gratuita, como explica o Spotify em nota enviada à redação.
A empresa sueca não esconde que a estratégia de disponibilizar durante um período de tempo o streaming sem limites de consumo é uma forma de ganhar quota de mercado e de chamar atenção para o serviço. "Mas isto implicou termos sido obrigados a levantar algumas limitações", revela o Spotify.
No caso dos EUA as várias críticas que o "limite das dez horas" gerou levaram o Spotify a recuar nas limitações. O streaming de faixas continua a ser gratuito e de forma ilimitada, mas com publicidade pelo meio, para todos os norte-americanos.
A diferença de acordos com as produtoras parece ser o grande motivo para estes termos de utilização diferentes, mas existem outras razões: como a necessidade de manter a competitividade num mercado com mais soluções de streaming de música.
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Depois também existe a questão da compensação dos artistas - para que a música possa ser reproduzida no Spotify é necessário pagar os direitos dessa utilização aos cantores, compositores ou editoras. À base de um modelo freemium torna-se complicado manter o serviço sustentável.
Um dos leitores do TeK parece concordar com esta perspetiva. "Os serviços funcionam enquanto houver dinheiro, se toda a gente não tiver ética o serviço irá fechar certamente", escreveu o anónimo a propósito da possibilidade de a cada seis meses os utilizadores criarem novas contas com endereços de email diferentes.
A tecnológica sueca descarta ainda a possibilidade de estar a implementar uma limitação para obrigar os utilizadores a subscreverem os pacotes pagos - na maioria dos casos, a opção do serviço Premium é feita por aqueles que querem ter o Spotify também disponível nos dispositivos móveis.
Em bom rigor o Spotify continua a ter um serviço gratuito de consumo de música - passa é a estar limitado.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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