
Um estudo conduzido pela Eurid concluiu que 65% das PME a nível europeu contam hoje com um site na Internet e que, na maioria das empresas, o conhecimento sobre como gerir a presença online tem vindo a aumentar. Ganhar visibilidade é o objetivo mais referido pelas organizações que mantêm uma presença online. Explorar novas oportunidades de negócio é outra.
Os dados (recolhidos também junto de empresas portuguesas) foram apresentados esta semana por Giovanni Seppia da Eurid, entidade que gere o domínio do topo .eu, num evento que a Amen organizou em Lisboa.
O domínio de topo .eu foi criado há seis anos e é uma iniciativa europeia para ajudar a identificar empresas e projetos da região. Desde então foram registados perto de 3,7 milhões de nomes de domínio neste TLD (Top Level Domain).
Giovanni Seppia, diretor de relações externas da Eurid, falou com o TeK à margem do evento e considerou que os objetivos europeus para o .eu têm sido atingidos. "O número de TLDs no mercado é elevado e isso faz com que cada um deles demore algum tempo a crescer e atingir um número de registos mais elevado", defende o responsável, lembrando que este ano 30 TLDs estão a assinalar os seus 25 anos de existência.
Face a esses exemplos, o .eu é uma opção recente ainda com caminho a percorrer no que se refere ao esforço de informação junto das organizações europeias, nem sempre esclarecidas sobre o significado e eventuais vantagens de manter uma identidade europeia na Internet, acredita Giovanni Seppia.
Para divulgar o .eu e incentivar as empresas da região a adotarem uma identidade europeia, a Eurid promove várias iniciativas com parceiros locais, de que foi exemplo a participação no evento em Lisboa ".eu, um clique para o sucesso". Também assegura campanhas online (tem neste momento uma parceria com a Google para esse efeito) ou em espaços físicos, como aeroportos.
A mensagem tem chegado aos diferentes países da região a velocidades distintas, como mostram os ritmos de adesão ao .eu, um fenómeno que para Giovanni Seppia está fortemente ligado às diferenças culturais entre países.
"Notamos, por exemplo, uma aposta muito forte no .eu em países como a Hungria, República Checa e Polónia no .eu. As empresas destes países apostam forte neste TLD como forma de mostrar ao mercado que são europeias e que os seus produtos são europeus", refere. "O .eu funciona como uma espécie de cartão-de-visita", acrescenta o responsável da Eurid. Na mesma lista estão países como a Alemanhã, que lidera o número de registos em .eu.
Países como o Reino Unido, onde a identidade cultural é mais forte, apostam menos no .eu e privilegiam mais o seu TLD local (neste caso, co.uk).
Há ainda casos como o de Portugal, onde a predominância do .eu é reduzida (há neste momento pouco mais de 13 mil nomes de domínio registados no país), mas onde os números têm de ser "colocados em contexto", sublinha Giovanni Seppia. Questões como a população, a penetração de Internet ou o número de sites por mil habitantes são indicadores importantes para compreender os números e perceber que o caso português não foge à tendência de crescimento do .eu em toda a Europa, ainda que a um ritmo lento, defende o mesmo responsável.
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Dados atualizados diariamente
Segundo os dados da Eurid em Portugal há cerca de 1,4 sites .com por cada mil habitantes, um número que sobe para 15 no que se refere aos sites .pt e que deixa o país muito atrás de outras regiões europeias com índices de população idênticos, como a Holanda que tem cerca de 300 sites .nl por cada mil habitantes.
Em termos mais genéricos, os dados disponíveis mostram que quem recorre ao .eu são essencialmente empresas de pequena e média dimensão, com negócios ou interesses em vários países da Europa. Também se destacam alguns exemplos de multinacionais com sites .eu que dão acesso a conteúdos específicos para a região, como a Microsoft.
Giovanni Seppia sublinha ainda que o .eu é hoje a terceira opção das empresas europeias na altura de escolher uma identidade para os seus sites, logo a seguir ao TLD nacional e ao .com. A expectativa da organização é de que os números continuem a crescer de forma sustentada.
Até agora a crise não tem afetado o ritmo de novos registos em .eu, embora o responsável da Eurid reconheça que nas últimas conversas mantidas com os parceiros locais da entidade europeia tenha percebido que em alguns países o número de registos começou a abrandar. Ainda assim, aponta o exemplo da Grécia, onde o ritmo de registo em .eu se tem mantido estável ao longo dos últimos meses, mesmo com o país a atravessar uma profunda crise.
Para o resto do ano a Eurid não tem planos significativos em termos de alterações às regras relacionadas com o registo em .eu, revistas no ano passado. A novidade ainda reservada para 2012 é o lançamento de figura do Registry Lock para nomes de domínio .eu, uma funcionalidade extra de segurança para prevenir alterações por terceiros em nomes de domínio. A opção estará disponível a partir de 21 de novembro.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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