Oitenta por cento dos cidadãos portugueses mostram apreensão sempre que têm de fornecer informação pessoal online. Os dados constam um novo inquérito Eurobarómetro sobre as atitudes relativas à protecção de dados e à identidade electrónica e colocam Portugal em segundo na lista dos "mais preocupados" com estas questões na UE.



O país iguala com a Grécia, e fica apenas atrás do Luxemburgo e da Irlanda, onde 83% dos cidadãos se mostram apreensivos em disponibilizar informação como o seu número de cartão bancário, morada, etc.



Do lado oposto, os europeus menos preocupados com estas questões são os suecos (33%) e os holandeses (49%).



Em termos gerais, três em cada quatro europeus estão conformados com a cedência dos seus dados pessoais, mas também se mostram preocupados com a utilização que as empresas - incluindo os motores de pesquisa e as redes sociais - fazem da sua informação.



O inquérito mostra que 60% dos europeus que usam a Internet (40% do total dos cidadãos da UE) compra ou vende bens online e usa redes sociais. Nestes serviços, os inquiridos revelam os seus dados pessoais, incluindo informação biográfica (quase 90%), informação social (quase 50%) e informação sensível (perto de 10%).



As preocupações mais frequentes relacionam-se com as fraudes ao fazer compras (mencionadas por 55 % dos inquiridos), a utilização da informação nas redes sociais sem o seu conhecimento (44 %) e a partilha dos dados entre empresas sem a sua autorização (43 %).



Cerca de 40% diz recorrer a ferramentas de filtragem de spam e 23% alteram os parâmetros de segurança dos seus programas de navegação. "Daí se conclui que, quando não existem ferramentas adequadas ou são difíceis de usar, é improvável que as pessoas salvaguardem devidamente os dados sobre a sua identidade pessoal em linha", refere-se na análise.



Embora 58% dos internautas costumem ler as declarações de privacidade, nem todos as compreendem. No geral, 62% dos utilizadores não compreendem, não lêem, não conseguem encontrar ou ignoram essas declarações de privacidade. Quando os utilizadores efectivamente as lêem, tendem a ser mais cautelosos com as suas informações.



Por último, o inquérito revela diferenças significativas quanto à partilha de informação pessoal entre as gerações mais jovens, mais permissivas relativamente à divulgação de dados, e as mais velhas, mais susceptíveis de manifestar preocupações em matéria de privacidade.

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