As medidas de autroproteção (MAP) são obrigatórias por lei mas nem sempre a gestão dos planos de segurança dos edifícios é feita da maneira mais eficaz. Para resolver a parte burocrática Elisabete Cordeiro, engenheira eletrotécnica, juntou a profissão como membro de uma empresa de segurança de incêndios com o gosto pelas tecnologias da informação e criou o TIMAP, uma plataforma online que serve como repositório para os planos de segurança dos edifícios.

O upload de informação tem que ser feito por empresas especializadas na gestão das medidas de segurança em edifícios, maior parte dos quais locais de trabalho, contratadas pelos detentores dos imóveis. O número de pessoas que ocupam o imóvel, qual a equipa de segurança responsável, a planta do edifício e as trajetórias de emergência são alguns dos dados que ficam armazenados na cloud.

Ao serem carregados os planos de segurança de vários edifícios num mesmo sítio online, as forças de segurança e auxílio público como os bombeiros e a Proteção Civil (PC) têm à disposição um indexador dos imóveis separados por área geográfica. A PC tem acesso aos dados distritais enquanto as corporações de bombeiros conseguem aceder aos planos locais.

A plataforma permite ainda uma gestão mais flexível - atualizações e alterações - dos planos estabelecidos. Sempre que os dados de um determinado imóvel são alterados, as autoridades locais recebem uma notificação.

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O TIMAP tem características comunitárias já que disponibiliza gratuitamente o acesso à plataforma para os bombeiros e proteção civil.

Os detentores de imóveis interessados em ter disponível o MAP online têm que fazer um pagamento mensal, que pode variar entre os 3,75 euros e os dez euros dependendo da tipologia do edifício e dos planos de segurança elaborados. Aos valores mensais acresce o pagamento no primeiro ano de uma taxa de subscrição do serviço que varia entre os 150 e os 400 euros, para ajudar sobretudo a subsidiar a transferência dos MAP do papel para o formato digital.

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O projeto surgiu da necessidade de simplificar as burocracias dos planos de segurança tradicionais: atualizações constantes, manutenções que são feitas nos edifícios, dias reservados para simulacros e o paradeiro muitas vezes incerto da documentação, revelou Elisabete Cordeiro em conversa com o TeK.

O TIMAP ainda está em fase de lançamento e divulgação, e por isso o número de clientes ronda as duas dezenas, mas a engenheira eletrotécnica está confiante no sucesso do projeto sobretudo pelas respostas positivas que tem recebido de possíveis parceiros e das corporações de bombeiros.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico