As diferenças são apontadas num estudo revelado pela União Europeia e realizado pela consultora belga Van Dijk, centrado nos preços dos serviços de acesso à Internet nos Estados-membros.

Segundo o estudo, as diferenças de preços são enormes, e vão dos 10,30 euros anunciadas para a banda larga na Lituânia até aos 140 euros indicados na Polónia. é mesmo neste país onde se encontra a maior amplitude de preços, com serviços anunciados a 20 euros enquanto outros são pagos a 140 euros, mas também na Croácia as diferenças são grandes, variando entre os 30 e os 121 euros.

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No Chipre o valor mais baixo para acesso em banda larga é de 46,2 euros, enquanto em Espanha se fixa nos 38,70 euros. Portugal está na média, com preços a variar entre os 30 euros e os 60.

Os dados referem-se a velocidades entre os 12 e os 30 megabits por segundo, utilizados como base para o estudo da consultora.

"Não há um mercado único para a Internet e isso não mudou. Não há uma razão válida para uma pessoa pagar mais de quatro vezes o preço que outra na europa pela mesma banda larga", afirma Nelie Kroes, vice presidente da União Europeia,

Atualmente existem cerca de 00 milhões de utilizadores de Internet na União Europeia sujeitos a esta "lotaria" que afeta o preço, velocidade e gama de escolha de largura de banda.

A União Europeia aponta ainda outros estudos que mostram que não há um padrão coerente nos mercados na Europa e que os cidadãos são confundidos com informação pouco clara dos operadores, limitando a sua capacidade de fazerem a escolha que melhor se adequa às suas necessidades.

De acordo com estes dados, 66% dos utilizadores não sabem qual a velocidade de Internet que contrataram e no geral apenas obtêm 75% da largura de banda que é anunciada.

A análise da SamKnows recorre à medição das ligações à Internet de perto de dez mil pessoas, indicando que o débito real de download está limitado a 64% do valor anunciado, um valor que sobe para os 82,7% nas ligações de fibra e 89,5% no cabo.

A consultora compara ainda os valores com os obtidos nos Estados Unidos, onde a velocidade anunciada e a real têm menos diferenças.

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Na próxima semana o Parlamento Europeu vai votar os planos destinados à criação da iniciativa Connected Continent (Continente Ligado) cujo objetivo é garantir aos utilizadores mais transparência, mais direitos e melhores serviços e abrir caminho a que os operadores mais eficientes possam vender os seus serviços a clientes de outros países.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico