Trinta e quatro por cento das escolas secundárias públicas da região do Minho permanecem ausentes da Internet, revela um estudo, agora divulgado, que analisou as 42 escolas da região. O documento mostra que o distrito de Viana do Castelo está melhor posicionado que o concelho de Braga neste aspecto, com uma taxa de presenças na Internet de 81 por cento, contra 73 por cento em Braga.



Em termos qualitativos o estudo conclui que não existem presenças online boas ou excelentes, sendo que a maioria dos sites das escolas (62,5 por cento) são considerados de qualidade inaceitável. Uma percentagem mais reduzida, 37,5 por cento dos sites analisados, enquadra-se "num patamar de qualidade razoável".



As escolas de Arcozelo (no distrito de Viana do Castelo), Póvoa de Lanhoso (no distrito de Braga) e Monserrate (no distrito de Viana do Castelo) ocupam as três melhores posições de ranking de qualidade web com 49,30, 49,26 e 48,63 pontos, numa tabela que tinha como pontuação máxima 100. Embora a pontuação obtida pelas três melhores escolas não chegue a metade do valor total da avaliação, este é superior ao obtido pelo conjunto das escolas em termos médios, indicador que não foi além dos 33,50 pontos. Mais uma vez as escolas do distrito de Viana do Castelo obtiveram melhor pontuação ao nível da qualidade dos websites 34,42 pontos, contra os 32,87 pontos obtidos por Braga.



Um dos aspectos mais penalizadores para as escolas, na análise à qualidade dos seus websites, passa pelo quase inexistência de feeedback ao utilizador. Neste campo apenas 9 por cento das escolas responderam a questões efectuadas para endereços disponibilizados nas suas páginas de Internet.



A variedade e interesse dos conteúdos online são também aspectos apontados no estudo como penalizadores para a avaliação da presença web da generalidade das instituições analisadas. Os autores do estudo concluem que para uma elevada percentagem de escolas a presença na Internet resulta da iniciativa de professores docentes numa lógica de voluntariado, o que revela que "as escolas secundárias ainda não apostam numa efectiva presença institucional na Internet", diz o documento.



Em reacção às conclusões, o documento também sublinha a necessidade de existir um acompanhamento efectivo da presenças online das escolas pelos respectivos conselhos directivos, por forma a assegurar que se "tornam esforços transversais a toda a população escolar". Neste aspecto é também apontado o dedo ao Ministério da Educação para se considerar que este deveria "participar de forma efectiva neste processo, definindo um conjunto de funcionalidades obrigatórias a todos os sítios web das escolas secundárias".



O estudo subordinado ao tema Presença das escolas Secundárias Públicas na Internet: Situação da Região do Minho analisou quatro componentes principais da presença das escolas secundárias na Internet: usabilidade, funcionalidade, fiabilidade e eficiência.



O trabalho, coordenado pelo professor Álvaro Rocha, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa no Porto, começou a ser preparado em Outubro do ano passo com o levantamento das escolas. Foram apuradas 42 escolas secundárias públicas na Região, das quais 26 no distrito de Braga e 16 no distrito de Viana do Castelo. Destas 10 não detêm página web.



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