“Em relação aos principais desafios da população face ao tema “Literacia Digital”, 39% dos portugueses receia a inteligência artificial e quatro em cada 10 portugueses sente-se inseguro a partilhar informações pessoais online”, refere o estudo realizado em parceria com a OnStrategy e que contou com oito mil respostas válidas.
“Adicionalmente, 83% dos portugueses estão preocupados com o cibercrime e 81% com o cyberbullying" e "88% encontram-se preocupados com a privacidade e segurança de dados online”, acrescenta.
O estudo refere que cerca de 82% dos portugueses considera que a tecnologia está a melhorar a sua qualidade de vida. De igual forma, cerca de 25% diz “não ter o conhecimento para utilizar as soluções digitais”.
Entre os inquiridos houve também uma concordância com a falta de investimento suficiente para a literacia digital, com 81% a concordar com esta declaração.
Quase dois terços (65%) não considera que o Estado português tenha feito “os esforços suficientes para promover o ensino e a literacia digital”, destacando-se o segmento com menos escolaridade (79%).
Mais de 56% dos inquiridos disseram que se sentem socialmente excluídos ou discriminados no seu dia a dia por não saberem usar meios digitais.
Quanto à utilização, 68% acredita ser autónomo na sua utilização diária de tecnologia.
De acordo com o estudo, as mulheres (60%) recorrem mais a amigos e família quando necessitam de apoio a nível tecnológico do que os homens (38,5%), sendo que estes “procuram mais em tutoriais online como o YouTube, sites especializados e recorrem mais a especialistas profissionais”.
No segmento dos jovens, “mais de metade” procura tutoriais na internet, “revelando bastante autonomia nesta matéria”, diferenciando-se das pessoas com mais de 55 anos, “que dependem quase exclusivamente da ajuda dos familiares”.
A programação é um dos parâmetros com menos conhecimento entre os utilizadores portugueses, com apenas 28% a dizer que tem algum conhecimento – sendo que entre os inquiridos apenas com ensino básico a percentagem é 0%.
Metade dos inquiridos quer aprender a programar e 82% pretende ver o ensino de programação no secundário e 83% no superior.
Para o futuro, os inquiridos desejam ainda uma evolução nos serviços de saúde (46,5%), jurídicos e justiça (38%), financeiro (33,5%) e nas soluções digitais para uso próprio (35,5%). Por outro lado, energia, telecomunicações e retalho, são as áreas menos valorizadas para a evolução digital.
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