Depois de uma fase de euforia o comércio electrónico vive agora uma fase de consolidação, em que os seus diversos actores dão passos sólidos para criar um verdadeiro canal de negócios alternativo. É nesse sentido que agem os players responsáveis pela introdução dos mecanismos de segurança, essenciais para cativar públicos empresariais e privados e é também nesse sentido que agem as empresas que se movimentam nesta área, procurando criar propostas de valor interessantes e integradas com a oferta no mundo offline.




Estas reflexões nortearam o primeiro dia do congresso nacional da ACEP - Associação do Comércio Electrónico em Portugal, que decorre entre hoje e amanhã em Lisboa. No evento, a Vector21 apontou um conjunto de conclusões que reflectem o trabalho de cinco anos de análises ao fenómeno em Portugal, considerando que durante este período temos assistido a uma evolução lenta da confiança dos utilizadores no canal electrónico e a uma consciencialização das empresas com projectos digitais das suas reais potencialidades.




Luis de Sousa da Unicre, que em parceria com a Vector21 vem realizando os estudos, sublinhou que as várias análises efectuadas têm permitido identificar duas razões fundamentais para a realização de compras online que passam pela segurança dos pagamentos e pela diversidade da oferta, de acordo com a opinião dos compradores frequentes. Do lado das empresas, o responsável destaca o que considera progressos importantes nos últimos anos, que passam pela crescente disponibilização de informação ao consumidor (aumentam as áreas de FAQs), promoções exclusivas para Internet ou a redução do número de cliques para efectuar determinada operação.




Teresa Marta da ACEP sublinhou ainda que os estudos vêm demonstrando que os projectos que se assumem como uma extensão dos negócios offline são os que apresentam melhores resultados e avançou um conjunto de pontos considerados chave para um consumidor, potencial comprador online, muitas vezes pouco observados pelas empresas. Nesta matéria frisou a importância de uma comunicação clara sobre as políticas de segurança em prática em cada site, assim como de um conjunto de mecanismos que permitam ao utilizador conhecer a identidade dos projectos.




A par com os conselhos a quem está no terreno, o congresso abordou a segurança nos meios de pagamento e os esforços por parte da banca para incrementar os mecanismos de segurança e dinamizar as transacções online. Filipe Zeferino da SIBS detalhou os esforços da Visa Internacional e a pressão que esta entidade está a exercer sobre bancos e comerciantes no sentido de generalizar as transacções seguras.




O mesmo responsável apresentou uma campanha da SIBS que desde a passada semana e até Janeiro tentará divulgar e fomentar a utilização do MBNet, uma plataforma nacional que permite aos utilizadores de cartões de crédito e débito fazerem pagamentos electrónicos seguros. Duas iniciativas que demonstram o empenhamento dos vários actores na consolidação dos negócios digitais.




À margem do painel em que participou Filipe Zeferino explicou ao TeK que a campanha é uma peça central para atingir os objectivos de penetração definidos para o MBNet, que passam por captar a totalidade do mercado de transacções não seguras, a nível nacional. Recorde-se que o MBNet tinha no final do ano passado 66 mil utilizadores. A actual campanha partilha com os lojistas que aceitem passar a publicidade nos seus sites uma percentagem por cada transacção efectuada.




Segundo os estudos da Vector21, pela primeira vez no ano passado os compradores online portugueses usaram mais o cartão de crédito como meio de pagamento do que o tradicional pagamento contra entrega. Os estudos relativos a este ano não estão ainda finalizados, mas Teresa Marta adiantou que os resultados preliminares apontam para um crescimento exponencial da utilização do comércio electrónico.




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