As estações de rádio, que reproduziram sirenes aéreas, pediram à população que se mantivesse alerta e que as pessoas se deslocassem para abrigos o mais rápido possível.

"Há uma ameaça de ataque com mísseis", transmitiram as emissoras, como a Relax FM, a Avtoradio e a Humor FM, entre outras. Os moradores das cidades de Piatigorsj, Tyumen, Voronezh, Kazan, Magnitogorsk e Belgorod, assim como Ufa e Novouralsk, ouviram o alerta, segundo informações do portal de notícias Meduza.

As autoridades russas anunciaram que houve um ataque informático em larga escala contra os servidores das estações de rádio e afirmaram que "como resultado do ataque contra estes servidores, foram dados alertas para um possível ataque com mísseis”.

No entanto, as autoridades russas salientaram que são informações falsas, que pretendem causar pânico na população. "O que aconteceu será investigado em profundidade", garantiram.

Em junho passado, várias emissoras de rádio do país sofreram um ataque informático que provocou a transmissão de canções patrióticas ucranianas.

Recorde-se que, do lado da Rússia, os ciberataques são também uma das armas de guerra usadas pelo país contra a Ucrânia.

Hackers com ligações à Rússia usam novo malware para atacar organizações na Ucrânia
Hackers com ligações à Rússia usam novo malware para atacar organizações na Ucrânia
Ver artigo

Recentemente, uma investigação da Symantec revelou que um grupo ligado a ciberataques em grande escala a vários websites do governo ucraniano, numa operação com um malware destrutivo que ficou conhecido como WhisperGateestá a tentar atacar organizações ucranianas com um novo software malicioso.

Segundo dados avançados em dezembro do ano passado pelo departamento de cibersegurança no Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU), foram registados cerca de 800 ciberataques em 2020, mais de 1.400 em 2021 e em 2022 o número triplicou.

Ainda este mês a Comissão Europeia adotou uma proposta de um décimo pacote de sanções à Rússia, que abrange tecnologias críticas para a máquina de guerra russa e visa também a “máquina propagandista” do Kremlin.