Embora o encontro entre Xi e o homólogo russo, Vladimir Putin, figure entre os principais tópicos partilhados no Weibo, a maioria das partilhas sobre a visita de Estado são da autoria de órgãos oficiais e permitem apenas alguns comentários.
Os comentários visíveis consistem sobretudo em ideogramas de corações e polegares para cima. Em alguns casos, a secção de comentários está desativada. Este foi também o caso aquando do discurso do Estado da nação, proferido por Putin, em Moscovo, em fevereiro passado.
Xi Jinping iniciou na segunda-feira uma visita de Estado de três dias a Moscovo, num período de crescente isolamento de Putin no cenário internacional desde o início da guerra na Ucrânia. A China foi um dos países que se absteve de votar numa resolução a condenar a invasão russa na Assembleia da ONU.
Num plano para a paz proposto no final de fevereiro, Pequim destacou a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia, mas apelou também para o fim da "mentalidade da Guerra Fria", numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia.
Recorde-se que em dezembro do ano passado, entrou em vigor na China um novo regulamento da Administração do Ciberespaço que responsabiliza os internautas por carregarem no botão "gosto" em informações consideradas negativas.
A Administração do Ciberespaço da China tinha promulgado uma nova versão do regulamento no final de novembro, declarando que os "gostos" eram equivalentes a comentários e, por esse motivo, os autores eram igualmente responsáveis perante as plataformas e as autoridades.
Em julho desse ano, redes sociais chinesas como a Weibo tinham lançado uma campanha contra mensagens com palavras homófonas ou outro tipo de técnicas utilizadas para contornar a censura.
Alguns meses antes, as autoridades chinesas emitiram um código de conduta com 31 "maus hábitos" para os influenciadores, proibindo-os de difamar a cultura do país, figuras históricas ou heróis nacionais, bem como pedindo que evitem a promoção de temas considerados sensíveis.
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