O Reino Unido é o país do mundo com menos condicionantes ao uso livre da internet. O top três do ranking dos países com menos restrições no uso da internet, elaborado a partir de uma análise da Proxyrack, é composto por mais dois países europeus. Alemanha e França. Na mesma lista, que avalia um conjunto de critérios e políticas de 20 países, aparece ainda a Itália, na sexta posição, mas não há espaço para nenhum outro país europeu.

A análise da Proxyrack observou critérios como a liberdade na internet (em linha com os critérios da ONG Freedom House); existência de medidas de censura (restrições ao uso de torrents, pornografia, conteúdos políticos, VPNs, apps de VoIP ou messaging); restrições na utilização de redes sociais; e o número de pessoas online em cada país, por 100 mil habitantes.

Nestes critérios, concluiu-se que no Reino Unido não existe qualquer tipo de restrição ao uso de redes sociais, o país consegue ainda 78 pontos em matéria de liberdade na internet e, por cada 100 mil habitantes, 99.231 têm acesso à internet.

Ranking Internet Livre - Proxyrack
Ranking Internet Livre - Proxyrack créditos: Proxyrack

No extremo oposto deste ranking está a China, considerado o país com mais restrições e menos liberdade na utilização da internet. Foram identificadas na análise dois tipos de restrições à utilização de redes sociais, a liberdade na internet conseguiu apenas 10 pontos na avaliação, em 100 possíveis, e verificou-se que em cada 100 mil pessoas, 71.534 têm acesso à internet.

Para os resultados obtidos pela China contribuem fatores como a proibição de acesso a sites de informação estrangeiros, ou as restrições impostas à liberdade de expressão online para temas políticos, como explicam os autores da pesquisa.

O estudo dá ainda destaque ao facto de a Alemanha ser o país que melhor protege os direitos digitais dos seus cidadãos, com 79 pontos na avaliação ao critério de liberdade na internet. Brasil, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos são considerados os países com menos iniciativas que possam considerar-se de censura ao uso livre da internet.