"Catastrófico" é como o Federal Office for Information Security (BSI), uma entidade alemã, classifica o estado da segurança na Internet, com crescentes exércitos de vírus, worms e troianos a assolarem todos os dias o ciberespaço.

Na mais recente versão do estudo que realiza de dois em dois anos, apresentada durante a CeBit, o BSI menciona prejuízos que ascendem a milhares de milhões de euros, sugerindo que o cibercrime passou da simples pirataria de aficionados para o crime organizado.

No seu estudo, o gabinete de segurança alemão alerta para o aumento do spam associado ao "transporte" de vírus. Menciona-se igualmente a exploração de falhas de segurança em sites populares, permitindo que vírus, worms e Cavalos de Tróia infectem computadores.

"Tais desenvolvimentos transformaram a protecção dos consumidores e das empresas numa batalha constante", referiu Hartmut Isselhorst, do BSI, citado pela AFP, durante a apresentação do estudo.

O responsável do gabinete de segurança alemão chama também a atenção para aquilo que considera como a partilha de informação excessiva nas redes sociais como o MySpace ou o Facebook, espaços muitas vezes fáceis de explorar pelos cibercriminosos.

Se durante muito tempo os hackers contaram com a simpatia do público e dos meios de comunicação porque actuavam por idealismo, "hoje são profissionais e fazem-no por dinheiro", alerta Magnus Kalkuhl, da Kaspersky. "Há especialistas a detectar falhas e depois a vender a informação por milhões a terceiros", assinala.

"Quando há cinco anos contávamos 2.000 vírus por dia agora registamos 20.000", faz questão de salientar o analista da Kaspersky.

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