O Primeiro Ministro, Durão Barroso presidiu hoje ao painel de abertura da conferência Internacional integrada na Semana da Internet – Portugal em Banda Larga acusando os agentes económicos de “alguma miopia que se traduz num enfoque excessivo no curto prazo”, Durão Barroso deixou a sugestão de que as apostas destes agentes económicos se transformem em estratégias de penetração mais rápidas e rentáveis no curto prazo.

O chefe do Governo lembrou o reforço das verbas canalizadas para ciência e inovação anunciadas recentemente, mesmo com o desagrado de alguns ministros, lembrou, e acrescentou do que “nenhum Governo sozinho consegue responder a um desafio com esta dimensão” (referindo-se às metas traçadas nos Planos de Acção para a Sociedade da Informação).

A constatação é acompanhada de um pedido de cooperação às empresas, ao regulador e à própria Administração Pública que deverá aumentar os seus índices de utilização de tecnologias na sua relação com o cidadão.

Recorde-se que está previsto um investimento de mil milhões de euros para Inovação e Ciência até 2006. O Governo espera utilizar estes recursos para cumprir o objectivo de cobrir 50 por cento da população com acesso banda larga, formando massa critica.

Durão Barroso referiu um conjunto de iniciativas em curso, no domínio da banda larga, entre estas o lançamento na próxima semana do concurso para a migração das redes Internet das escolas do ensino básico para infra-estrutura de banda larga. O Primeiro Ministro referiu ainda o lançamento do Portal da Cultura, o projecto e-U Campus Virtuais e a Biblioteca Cientifica Digital, enquanto iniciativas que procuram levar a banda larga às populações.

Recorde-se que a descentralização dos acessos é uma das prioridades do Governo, reforçada com os resultados de um estudo efectuado pela McKinsey que conclui que em 70 por cento do território a cobertura de banda larga é apenas de 10 por cento.

O primeiro painel do debate contou também com a presença do Comissário Europeu para a Sociedade da Informação, Erkki Liikanen, que reforçou os pontos já apresentados ontem num jantar promovido pela APDC (ver notícias relacionadas) e referiu que no espaço da União Europeia existem já perto de 20 milhões de linhas banda larga.

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