Os serviços secretos franceses também alimentam, alegadamente, uma rede de espionagem às telecomunicações de milhões de utilizadores franceses e de outros países. O objetivo é conseguir construir uma rede de monitorização e recolha de dados que determina as ligações de uma determinada pessoa na tentativa de identificar atividades suspeitas.

Chamadas, mensagens, emails e publicações em redes sociais são apenas alguns exemplos das informações que são controlados pela agência secreta de França. Mas segundo escreve o Le Monde, os serviços de inteligência estão mais interessados na recolha de metadados do que propriamente nos conteúdos das telecomunicações, isto é, a hora e a localização onde foram realizadas as ligações por exemplo.

O jornal escreve também que as informações que passam pelos serviços das gigantes tecnológicas como a Google, Apple e Facebook, são controladas. Alegadamente, também em nome da segurança nacional, argumento usado pela NSA no escândalo Edward Snowden.

Os dados são teoricamente armazenados na Direção-Geral para a Segurança Externa que depois partilha toda a informação com outras sete agências de inteligência do país. Os dados ficam guardados durante vários anos.

A agência de segurança nacional francesa negou os relatos do diário francês e apenas confirma casos de espionagem que são autorizados legalmente e têm uma sustentação.

O presidente gaulês, François Hollande, que foi uma das vozes mais críticas ao PRISM dos EUA e à possibilidade de as altas chefias europeias estarem a ser controladas, pode afinal ter um caso semelhante para esclarecer a nível interno.


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