
Segundo os investigadores italianos, o spam em páginas de marcas e empresas no Facebook está a aumentar e um único post com um link para spam tem um valor de mercado entre 13 e 58 dólares, dependendo do número de fãs que a página acumula.
Os investigadores e bloggers, que há alguns meses já tinha desmascarado uma fraude de seguidores no Twitter, adiantaram ao Guardian que os spammers podem ganhar 200 milhões de dólares por ano só pela publicação de links nestas páginas.
Andrea Stroppa e Carlo De Micheli lideram o grupo que avaliou mais de 30 mil páginas no Facebook e seguiu pistas de práticas de spam através de palavras chave em posts que referem "grátis" "clique aqui" ou frases como "clique para ganhar um iPhone grátis", seguidos de links para outros sites, normalmente ocultos através de serviços de encurtamento como o bit.ly ou tinyurl.
A imagem abaixo representa um dos casos identificados pelos investigadores.
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Em alguns dias da investigação foram identificados mais de 20 mil posts com links que apontam para sites de ecommerce, notícias falsas, sites de afiliação, pornografia ou sites fraudulentos com esquemas de roubo de dinheiro.
Muitas vezes os spammers criam as suas próprias páginas de fãs para disseminar estes links, e durante a investigação foram encontrados duas dezenas de "mercados" onde se faz a transação e contratação da colocação dos links de marketing.
As regras do Facebook impedem a colocação de publicadas nas páginas do Facebook, fora dos espaços definidos e geridos pela rede, mas o spam tem vindo a crescer, embora mais lentamente do que acontece noutros meios, como o email. Segundo o The Wall Street Journal, o Facebook garante que só 4% dos posts na rede são spam, enquanto no email mais de 70% das mensagens são classificadas como indesejadas.
Os investigadores entrevistaram um spammer via Skype (que não identificaram) e este admitiu que o Facebook permite que se mantenha este "negócio" já que beneficia com a produção de conteúdos que acompanham os links de spam.
Mas esta não é a posição oficial do Facebook, que embora não tenha comentado o estudo adiantou ao jornal que a proteção dos utilizadores é uma prioridade da rede social, tendo sido desenvolvidas várias ferramentas para bloquear automaticamente links suspeitos.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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