Esta última semana, enquanto se dirigia aos recém-graduados da Universidade de Tulane, Tim Cook encorajou os estudantes a lutarem contra os algoritmos que lhes mostram “coisas que já conhecem”. O atual CEO da Apple sublinhou ainda que “não estamos a prestar a devida atenção àquilo que devemos uns aos outros”.
“Isto é sobre reconhecer que a civilização humana começou no preciso momento em que percebemos que conseguimos fazer muito mais se nos mantivermos juntos”, disse o responsável, que destacou a importância de tentarmos ver as coisas de perspetivas diferentes daquelas que nos são apresentadas. A referência aos algoritmos das redes sociais foi mais explícita momentos depois, quando referiu que estes “nos puxam para coisas que já conhecemos, acreditamos ou gostamos” e nos “empurram para longe de tudo o resto”. “Ofereçam resistência. As coisas não deviam ser assim, mas, em 2019, abrir os olhos e ver as coisas de maneira diferente pode ser uma atitude revolucionária”.
As declarações do CEO da gigante norte-americana implicam, naturalmente, o Facebook, que tem sido alvo de críticas sobre a forma como escolhe conteúdos para exibir no feed de notícias dos seus utilizadores. Acerca do tema, foi até popularizado o termo “câmara de eco”, uma vez que o algoritmo dá prioridade a temáticas que o utilizador prefere, ampliando assim os seus gostos e fechando-o numa redoma de interesses próprios que fecha a porta a outros pontos de vista.
Para contrariar o fenómeno, a Apple tem feito questão de investir em curadoria humana no Apple News.
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