A nova versão do Morpheus uma aplicação baseada num protocolo
proprietário peer-to-peer de partilha e busca de
ficheiros de conteúdos digitais (música, filmes e software)
já está nos planos da rede MusicCity, tendo em conta os resultado obtidos
de mais de nove milhões de downloads, desde Abril de
2001 (altura em que foi disponibilizado).
A MusicCity, também conhecida por StreamCast Networks, divulgou
numa newsletter enviada aos utilizadores do
software Morpheus, que estava próxima a disponibilização
da versão 2.0 do programa que irá suplantar a aplicação
protocolo de partilha de ficheiros), de acordo com a empresa,
pois terá na base uma rede peer-to-peer e suportará o
Windows XP. A MusicCity referiu ainda que se encontra a
trabalhar numa versão para computadores Macintosh que será
publicada na Primavera de 2002.
O software Morpheus é um dos três programas individuais
que liga a maior rede de troca e partilha de ficheiros surgida
após o colapso do Napster. Juntos, o
Grokster
fornecem acesso a bibliotecas de música, filmes e
software ou outro material (com ou sem direitos de autor) a
centenas de milhar de pessoas ao mesmo tempo.
A entidade que regula a produção discográfica na América (
RIAA) e a associação da indústria cinematográfica daquele
continente (Motion
Picture Association of America - MPAA) processaram aquelas
empresas e consequentemente os serviços disponibilizados pelas
mesmas em Outubro passado arguindo que os conteúdos, à
semelhança do que acontecia com o extinto Napster, contribuíam
para que os materiais pirateados com direitos de autor
proliferassem e se reproduzissem online. A StreamCast
está a ser defendida pela Electronic Frontier Foundation, o que pode
constituir um caso sem precedentes.
O Morpheus pode ser mais difícil de fechar que o Napster,
devido essencialmente às suas diferenças técnicas, nomeadamente
o modo como os ficheiros são trocados. Esta mega rede
constituída pelas três empresas de software referidas
não possui nenhum ponto central de estrangulamento, que possa
desligar a própria rede.
Na realidade, é possível impedir que aquelas companhias operem,
mas a troca de ficheiros pode continuar com ou sem o apoio
daqueles programas, que entretanto já foram distribuídos em
larga escala.
Um tribunal na Holanda, onde a empresa proprietária do Kazaa
está sedeada, ordenou recentemente que a rede de partilha de
ficheiros fosse encerrada. Porém, o deadline para o
cumprimento da acção já foi ultrapassado há uma semana, mas as
pessoas continuam a usar a rede Kazaa como
habitualmente.
Também o LimeWire, uma outra aplicação que usa a
tecnologia open-source do Gnutella, disponibilizou a sua nova versão neste mês.
A diferença entre o LimeWire e programas como o Morpheu e o
Kazaa reside no facto destes últimos escolherem
automaticamente os computadores mais rápidos para agirem como
estações de comutação e de recolha temporárias, efectuando
pesquisas e ligações à rede sucessivas mais rápidas e
estáveis.
De destacar que a rede Gnutella é criada pelas pessoas que
usam o LimeWire, BearShare ou outros programas baseados na
tecnologia Gnutella, por isso o LimeWire está agora a proceder
à integração de algumas características das aplicações
concorrentes na nova versão, de modo a tornar aquela rede mais
rápida.
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