Durante dois dias, especialistas de diversos meios de comunicação norte-americanos reuniram-se em Los Angeles para debater o "Futuro da Televisão", tema que deu nome à conferência.

No final do encontro, concluiu-se que o rápido desenvolvimento da Internet e das ferramentas disponibilizadas online são um catalizador para a mudança dos hábitos dos consumidores. Em causa está o facto de, cada vez mais, a oferta na rede conseguir igualar e muitas vezes superar, o que as estações de televisão podem oferecer.

Actualmente, a maioria das séries de televisão com mais sucesso estão disponíveis na Internet, por vezes épocas inteiras, o que faz com que os utilizadores mais próximos das tecnologias acabem por dedicar mais tempo a visualizá-las online do que na televisão, no horário fixo em que são transmitidas e num meio a partir do qual não podem interagir com outros utilizadores.

De entre os dados apresentados na conferência, destaca-se o facto de, actualmente, 82 por cento dos internautas norte-americanos verem vídeos na Internet e de a taxa de visualizações de séries de TV online ser a que mais tem vindo a aumentar.

Em oposição, no último ano, o consumo semanal de televisão entre os norte-americanos tem vindo a baixar e a tendência deve continuar. Isto porque, os principais fabricantes de televisores alteraram o paradigma de produção e passaram a convergir serviços nos equipamentos "tradicionais". A ligação do equipamento de TV à Internet, a possibilidade de assistir a programas em diversos dispositivos e os próximos desenvolvimentos tecnológicos estarão na base da mudança.

O futuro será ainda marcado pela colocação dos críticos de televisão em segundo plano. Segundo os especialistas presentes no evento, as redes sociais e fóruns tendem a ter cada vez mais peso nas opiniões e decisões dos utilizadores. As sugestões de programas vindas de amigos ou contactos das plataformas sociais serão, de dia para dia, mais valorizadas enquanto a opinião daqueles que, até aqui, eram os "entendidos" passará a ser menos relevante.