Apesar de já proibir a utilização de deepfakes na sua plataforma, tanto em formato de vídeo como de imagem, a Twitch decidiu vincar ainda mais a sua posição contra a tecnologia. Esta semana, a empresa atualizou as suas políticas de utilização para o capítulo da nudez e acrescentou algumas linhas que firmam a proibição de conteúdos sexuais, de origem sintética, que explorem interações não consentidas entre as figuras que apresentam, mesmo quando partilhados por alguns instantes ou com o intuito de os criticar.

A empresa está também a revisitar outros pontos do documento para garantir que não existem omissões a alguns dos problemas relacionados com este tipo de tecnologia. Num dos casos, a Twitch deixa claro que a partilha de deepfakes não consentidas resultará numa expulsão imediata, mesmo quando esta se tratar de uma primeira violação às regras do site.

As mudanças vão entrar em vigor no próximo mês de abril. A empresa espera que o novo texto torne as regras mais claras.

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Importa notar que estas alterações acontecem depois de um incidente recente. O episódio aconteceu durante uma livestream do popular criador de conteúdo, Atrioc, em que este exibiu uma aba do seu browser, por breves instantes, pertencente a um website onde são vendidos deepfakes sexuais não consentidos de streamers conhecidas.

Os deepfakes não consentidos são um problema relativamente recente e já existem alguns países a trabalhar num enquadramento legal que restrinja a disseminação deste tipo de conteúdo, como o Reino Unido. Enquanto não houver definição legislativa, contudo, cabe às plataformas mediar a situação.