A rede social sofreu uma mudança esta quinta-feira com as contas a perderem esta marca distintiva obtida no passado, após verificação da identidade do utilizador e sujeita a certas condições, entre estas a notoriedade.
O selo azul desapareceu das contas de inúmeras personalidades como Justin Bieber, Cristiano Ronaldo, Bill Gates ou Lady Gaga, assim como de muitos jornalistas, professores ou ativistas. Até @jack, a conta do co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, viu o selo azul ser-lhe retirado.
No setor político, muitos governantes também o perderam, enquanto outros obtiveram um selo cinza, reservado para contas governamentais ou certas organizações.
O selo azul sinaliza agora utilizadores que pagam oito dólares (cerca de 7,29 euros) por mês para ter essa distinção e outras vantagens do Twitter Blue, incluindo mais visibilidade, privilégios técnicos ou menos anúncios. Entre estes estão Donald Trump Junior ou o Dalai Lama.
“Sei que vou ser julgado porque tenho o selo azul, mas que pena, preciso do botão para editar os meus tweets”, destacou nesta rede social Marques Brownlee, criador de conteúdo seguido por 6 milhões de utilizadores. Muitas outras figuras manifestaram a sua estupefação, como o autor best-seller Stephen King, seguido por 7 milhões de pessoas.
"A minha conta no Twitter diz que eu assinei o Twitter Blue. Isso está errado. A minha conta no Twitter diz que eu dei um número de telefone [para autenticação]. Isso está errado", realçou o escritor na plataforma esta quinta-feira. Stephen King já tinha manifestado a sua indignação em novembro, destacando que deveria ser a rede social a pagar para o escritor fazer publicações.
A data não foi escolhida ao acaso: 20 de abril, pronuncia-se 4/20 em inglês e é uma referência ao canábis nos Estados Unidos. E o também dono da Tesla e da SpaceX é fã de piadas sobre este assunto, ao ponto de ter comprado a plataforma a 54,20 dólares a ação.
Elon Musk teve que tentar várias vezes para lançar o Twitter Blue, decisão que gerou e está a gerar críticas. Segundo o multimilionário, a assinatura também deve permitir combater perfis falsos e contas automatizadas e diversificar os rendimentos, numa altura em que muitas marcas fugiram da plataforma.
Entre novembro e janeiro, metade dos 30 maiores anunciantes do Twitter pararam de comprar espaço publicitário na rede social, de acordo com a plataforma Pathmatics.
As marcas estão relutantes em investir numa plataforma "onde reina o caos, a mudança arbitrária e a incerteza", explicou Jasmine Enberg, da Insider Intelligence, na semana passada. “O selo azul já não é mais garantia de credibilidade”, já que qualquer pessoa pode pagar para o ter, lembrou.
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