Apesar de condensarem muita informação diversificada numa única plataforma, as redes sociais são frequentemente criticadas pelos algoritmos de recomendação que pautam a sua dinâmica de funcionamento. Na prática, isto significa que um utilizador que é fã de música rock vai encontrar mais conteúdos relacionados com o tema do que um outro que prefere música clássica. A mesma lógica se aplica a outras áreas, como é o caso da política, por exemplo, mas um estudo recente conclui que os utilizadores gostavam de romper com estas bolhas de eco que se criam online.

De acordo com a agência de marketing digital The Data Face, que pôs em prática uma experiência em torno da partilha de conteúdos políticos online, os internautas estão tão dispostos a ver publicações que defendem a sua posição política, quanto outras que se apresentem contra.

Nesta iniciativa, 1.400 pessoas foram expostas a oito vídeos: três de fontes liberais, três de páginas conservadoras e dois de conteúdo não político. Depois de assistirem a todos os vídeos, os participantes foram convidados a julgar a legitimidade da fonte e a comentar se o que viram alterou, ou não, a sua visão sobre a matéria tratada.

A The Data Face aponta que os liberais e os conservadores se mostraram igualmente dispostos a assistir, até ao fim, a vídeos partilhados por páginas afetas a ideologias opostas às suas

tek data face

Os participantes mais velhos mostraram maior disposição para assistir a vídeos de fontes que julgaram como sendo credíveis e apenas 16% afirmou que os vídeos mudaram a forma como percepcionam alguns temas. Os vídeos que mais influência tiveram nesta mudança, estavam associados a fontes mais credíveis.

Em 2017, Mark Zuckerberg assumiu ainda não ter acertado em pleno com o algoritmo de recomendações. "Os nossos estudos mostram que algumas das ideias mais óbvias, como sugerir artigos de espectros políticos opostos, acabam por aprofundar a polarização ao enquadrar estes artigos como 'estrangeiros'. Uma das abordagens mais eficientes passa por expor um leque de posições, deixar as pessoas ver em que parte do espectro é que se encontram as suas ideias e deixá-las concluir o que é, para elas, certo ou errado".

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