O modo de utilização ainda não corresponde a 100% a esta realidade, mas o plano é de que assim venha a acontecer. Pois tal como explicou um dos cofundadores do projeto, David Guerreiro, quem está em Lisboa no Parque das Nações quer saber informações diferentes de quem está em Lisboa, mas em Belém.
Para isso basta lançar a aplicação móvel da Nearby, uma plataforma social baseada em geolocalização e que foi concebida por portugueses. Além do registo na plataforma, a localização dos utilizadores é o elemento mais importante. Diga que está por exemplo em Braga e fica a apenas alguns cliques de conhecer pessoas na região e locais de interesse.
O segredo da Nearby, de acordo com David Guerreiro, é que ao contrário de outras redes sociais por geolocalização que ou se focam muito nas pessoas – como o Badoo – ou se focam muito nos locais de interesse – como o Foursquare -, foca-se em criar um equilíbrio entre estes dois campos.
“A nossa visão foi a de dar um certo poder às pessoas, para saberem o que há de melhor em cada local”, disse o empreendedor em conversa com o TeK. David Guerreiro acredita que a possibilidade de comunicação mais direta entre pessoas e, por exemplo, pequenos negócios, poderá trazer mais dinamismo à plataforma.
O projeto também está a ser construído com um sentido de gamification: quem fizer interações de qualidade na rede social recebe pontos; por exemplo, publicar fotografias de locais ou ajudar a descobrir novos pontos de interesse pelo mundo. Os pontos são uma forma de dar credibilidade aos utilizadores, pelo que as recomendações de quem tem 1.000 pontos serão à partida mais válidas – por ser de facto um utilizador ativo na cidade – do que um utilizador que tem apenas 2 pontos.
A Nearby só foi lançada no mês passado, registando cerca de duas centenas de utilizadores até ao momento. Mas como a plataforma está talhada para funcionar em todo o mundo – a versão em inglês será lançada ainda em 2014 – é um projeto de ambição internacional.
Por esse motivo os dois cofundadores do projeto - o outro é Pedro Davide - estão à procura de investimento. Além de estarem a equacionar concorrer aos fundos do QREN, os empreendedores têm também o objetivo de tentarem participar na versão portuguesa do Shark Tank.
“Agora o objetivo é crescer, ganhar mais utilizadores e mais locais, e isso acaba por ser o grande valor desta rede”, concluiu David Guerreiro.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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