A Grã-Bretanha poderá ainda não estar preparado para a introdução do voto online defendido por Robin Cook, líder da Câmara dos Comuns. O aviso parte da Electoral Reform Society (ERS) - uma organização nacional que defende as alterações ao sistema de voto e processos eleitorais - que embora concorde e apoie tais planos, expressa as suas preocupações quanto à altura em que tal deverá acontecer.



Em entrevista recente ao jornal The Guardian, o líder da Câmara dos Comuns, Robin Cook, afirmava que a Grã-Bretanha será o primeiro país do mundo a aceitar o voto a partir da Internet. Com a nova possibilidade, Robin Cook diz pretender levar mais jovens a votarem, um grupo demográfico que tem participado pouco nas últimas eleições gerais realizadas no país.



O funcionamento de um sistema que permitisse esse tipo de participação eleitoral seria testado já na próxima Primavera, com as eleições locais, de modo a que o voto online estivesse completamente operacional a tempo das próximas eleições gerais, que em princípio se deverão realizar em 2005.



Apesar de concordar e apoiar a introdução de novas formas para facilitar a participação no acto eleitoral, a ERS, na pessoa de Ken Ritchie, seu director executivo, afirma que se têm colocado questões pertinentes acerca da segurança do voto pela Internet e sobre o acesso à tecnologia. "A resposta a essas questões só poderá ser dada após a realização de vários testes piloto às novas técnicas de voto e prestando atenção às lições tiradas dessas mesmas experiências", garante Ken Ritchie.



Tendo em conta as dúvidas que se têm e que ainda se poderão vir a gerar, a Electoral Reform Society criou uma comissão independente de peritos que avaliou os aspectos levantados pelas novas técnicas de voto e que efectuou um relatório que será publicado no início do próximo mês. "A Comissão tem trabalhado durante o último ano e irá publicar as suas conclusões no próximo dia 5 de Fevereiro. Espero que o Governo as tenha em conta, assim como os pontos de vista de outros peritos antes de decidir chegar a uma conclusão".

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