O YouTube está a contratar gestores para dar acompanhamento personalizado a criadores de conteúdo político, seja ele progressivo ou conservador. A estratégia surge depois de a empresa ter sido acusada de censurar conteúdos da direita do espectro político. Recorde-se que, recentemente, a plataforma apagou vários conteúdos de índole extremista e vídeos conspirativos, provocando os protestos de alguns conservadores.

De acordo com as vagas de trabalho, estes novos gestores terão a responsabilidade de "aconselhar criadores sobre o desenvolvimento dos seus canais" e de representar o segmento de "conteúdos políticos" dentro da própria empresa. Os gestores ficarão também encarregados de resolver problemas decorrentes da utilização do YouTube por parte destes criadores e de "organizar programas e eventos que ajudem os criadores a utilizar da melhor forma esta plataforma".

Um porta-voz do YouYube afirmou que este é um novo cargo, criado dentro do departamento de notícias. "Uma das formas que temos de trabalhar com criadores de primeira linha é ligá-los a gestores", disse Ivy Choi, em declarações ao The Verge.

Atualmente, o YouTube já emprega vários gestores para as áreas da beleza e do gaming, mas as críticas que tem recebido sobre a forma como gere os conteúdos políticos disponíveis na plataforma obrigaram a empresa a alargar o sistema a este sector temático. Nos EUA, uma fação mais conservadora acusa a tecnológica de censurar e descriminar os criadores afectos à direita.

No início de 2018, um grupo de criadores conservadores ameaçou abandonar a plataforma. O grupo entendia estar a ser alvo de uma "purga" que pretendia acabar com os seus canais. Em resposta, o YouTube afirmou não estar a tomar uma posição política, mas sim a fazer valer as suas próprias regras comunitárias.

O braço de ferro parece continuar e promete acentuar-se durante a próxima campanha eleitoral, pelo que a marca decidiu tomar medidas preventivas a tempo de mais uma eleição presidencial.