A Gartner elaborou um guia dos 10 erros a evitar numa estratégia de cloud que, na opinião da consultora, tem de conter uma visão objetiva do papel que a empresa quer ver ocupado pelo cloud computing na sua organização e que deve ser desenhada, em conjunto, pelo IT e pelo negócio.

“Uma boa estratégia cloud deve ser um documento curto e usável de 10 a 20 páginas ou slides”, defende Marco Meinardi, vice-presidente e analista da Gartner. No mesmo documento em que alinha estes 10 erros a evitar, o responsável acrescenta que "além disso, a estratégia empresarial deve impulsionar a estratégia da nuvem e fornecer orientação àqueles que a vão implementar”. Deve, para além disso, “coexistir com outros esforços estratégicos e não tentar refazê-los".

Os 10 erros a evitar numa estratégia de cloud para a Gartner são…

Assumir que a estratégia cloud é um tema (só) tecnológico

A consultora sublinha que a definição de uma estratégia cloud deve ser uma responsabilidade partilhada entre os responsáveis do negócio e da área tecnológica da empresa, porque este é um tema que vai muito além da tecnologia e afeta toda a organização. Fora do departamento TI existem competências e conhecimento crítico para o sucesso de uma estratégia cloud, defende a Gartner e, como tal, o grande erro a evitar nesta matéria é definir uma estratégia centrada na tecnologia e depois tentar vendê-la ao resto da empresa.

Não ter um plano B

“É difícil conceber uma estratégia de saída dos fornecedores cloud, uma das razões que leva muitos líderes a não criarem uma”, admite a Gartner. Muitas empresas acreditam mesmo que não lhes fará falta, porque não têm planos para abandonar a cloud. A consultora diz que, mesmo assim, é prudente ter um plano B e saber como agir se deixar de ser possível ou vantajoso usar os serviços atuais. "É como ter uma apólice de seguro na gaveta, que esperamos nunca precisar de utilizar".

Combinar ou confundir uma estratégia de cloud com um plano de implementação na cloud
Plano estratégico e plano de implementação são duas coisas distintas. A estratégia deve vir primeiro e ser o momento em que líderes do negócio e do departamento de TI definem que papel vai ocupar a cloud na sua organização. A implementação é o passo seguinte, que coloca a estratégia em prática.

Acreditar que já é demasiado tarde para definir uma estratégia cloud

Nunca é tarde e saltar este passo pode ter consequências desastrosas, alerta a Gartner. “Se as empresas avançarem para a cloud sem uma estratégia, vão enfrentar resistência das pessoas que não estão alinhadas com os princípios e os objetivos estratégicos” da mudança. Isso será uma ameaça ao ritmo e ao sucesso do projeto.

Abordar a estratégia cloud como um mudança total para a nuvem

As empresas que olham para o tema com esta visão encontram aí um inibidor da mudança, por consideraram que implica uma transformação extensível a todos os seus processos de negócio. Não é necessariamente assim e esse é precisamente um ponto importante na abordagem à cloud: perceber o que faz e o que não faz sentido migrar para a nuvem, destaca a Gartner.

Confundir estratégia de cloud e estratégia de centro de dados

Muitas empresas põem “tudo no mesmo saco” quando “devem mantê-las separadas embora alinhadas entre si”, porque isso afetará o papel que a cloud assumirá na organização. As decisões de estratégia para a cloud têm a ver com cargas de trabalho, diferente das decisões inerentes à gestão de um datacenter.

Encarar uma ordem superior para investir na cloud como A estratégia

Muitas empresas decidem investir na cloud porque o CEO ou o CIO são adeptos do modelo, refere a consultora, e vêm aí uma oportunidade para poupar custos. Essa indicação superior acaba por tomar o lugar da estratégia, que deveria preceder decisões de investimento. Estratégia essa, que como também já se referiu, deve alinhar com as prioridades do negócio e tornar claro para todos os intervenientes quais as cargas de trabalho que devem ser migradas para a nuvem e porquê.

Acreditar que ir comprando soluções ao fornecedor é ter uma estratégia cloud

A cloud vai entrar cada vez mais no dia-a-dia das organizações e nas mais diversas áreas do negócio e como tal é fundamental conhecer o mercado e as suas propostas, recomenda a Gartner. Qualquer empresa acabará por ter de lidar com diferentes soluções e diferentes fornecedores, mas também com diferentes ambientes, cloud e não cloud e deve estar preparada para isso.

Terceirizar o desenvolvimento da estratégia de cloud da empresa

“Terceirizar a definição de uma estratégia de cloud pode parecer atrativo mas não deve ser uma opção - é algo demasiado importante para fazer em outsourcing”, defende a Gartner. A colaboração externa deve ficar para o momento da implementação.

Acreditar que dizer “nós temos uma estratégia cloud first” define toda a estratégia cloud da empresa

Uma abordagem cloud first significa que perante uma decisão de investimento a ser tomada, a cloud será a primeira opção a considerar, o que não significa que terá de ser a única. Responsáveis da tecnologia e do negócio devem manter em aberto a possibilidade de exceções e analisar cada decisão caso a caso e em linha com os objetivos estratégicos definidos.

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