As Tecnologias da Informação e Comunicação podem contribuir para uma redução de 15 por cento das emissões de gases com efeito de estufa em Portugal até 2020. O valor traduz-se em economias potenciais de 2,2 mil milhões de euros ano em custos evitados. A informação consta de um estudo apresentado hoje no Congresso das Comunicações da APDC.

O trabalho usa a forma do estudo do Gesi, realizado a nível internacional, com o mesmo objectivo de perceber de que forma podem as tecnologias dar um contributo positivo para a redução das emissões de CO2, através da sua aplicação noutras indústrias.

O Smart Portugal 2020 aponta um conjunto de sectores-chave, onde o papel das TIC pode assumir relevância especial no aumento da eficiência energética. Só nas redes energéticas, transportes e edificios está metade do potencial apurado para um reforço do uso de tecnologia.

Ao nível das redes energéticas o potencial da tecnologia é essencial, enquanto meio para ajudar a reduzir as perdas na rede de transporte e distribuição; na introdução de mecanismos eficientes de gestão da procura (em todos os tipos de consumidor); ou no aumento da penetração de energias renováveis para a produção de electricidade.

Ao nível dos transportes , a expansão das tecnologias de comunicação à distância permite evitar o uso de transportes e as deslocações. As TI podem ainda a este nível dar um contributo para a melhor gestão dos fluxos de tráfego e dos sistemas de estacionamento, aponta o estudo apresentado pelo presidente do congresso Jorge Vasconcelos.

Ao nível dos edificios, a análise também encontrou ganhos potenciais para a redução das emissões de carbono, com a intensificação do uso de tecnologias que permitam gerir melhor os consumos, em particular no sector dos serviços.