
As áreas TIC são as que preferencialmente alimentam estes centros de serviços e os números de candidaturas ao ensino superior revelam que há menos alunos a ingressar nesses domínios e isso em breve terá impacto no mercado de trabalho. Entre 2017 e 2019 a falta de recursos já será uma realidade.
Portugal hoje consegue ser competitivo face às geografias europeias mais atrativas em termos de custos, como a República Checa e a Polónia, mas pode ter de comprometer o caminho que tem feito nesse sentido quando tiver de encontrar estratégias alternativas para captar os recursos humanos que precisa.
A reconversão de competências, indo buscar pessoas de outras áreas, é a receita apontada para combater esta falta de recursos humanos na área das TIC, mas a solução tem custos para as empresas e vai influenciar a competitividade do país a esse nível. Esse impacto pode ser minimizado recorrendo a programas públicos e pelo alinhamento com as universidades, defende-se no documento.
As conclusões são de um estudo realizado pelo Conselho da Diáspora e apresentado no Congresso das Comunicações por Gonçalo Costa Andrade, num painel dedicado ao tema do outsorcing.
A apresentação do documento foi o ponto de partida para uma discussão onde a generalidade dos participantes quis desvalorizar o aspeto do custo no posicionamento de Portugal como destino de nearshoring e valorizar outros aspetos, como a qualidade dos recursos humanos, as competências técnicas disponíveis no país ou a habilidade dos portugueses para falar várias línguas.
“Estamos a competir por serviços de maior valor”, garantiu José Galamba da Accenture que está a ultimar a abertura de um segundo centro de serviços em Portugal. A mesma visão foi partilhada por José Carlos Gonçalves, presidente da secção Portugal Outsourcing da APDC considerando que “temos de evoluir de uma discussão à volta do custo para uma discussão à volta do conhecimento. Não podemos evoluir olhando só para este aspeto”, sublinhou. “A evolução de competências tecnológicas é um aspeto fundamental e isso fará aumentar os custos” exemplificou o responsável.
Os responsáveis que participaram no debate representando, além da Accenture, a Xerox, a HP Enterprise, a AICEP e APDC também sublinharam a importância de combater alguns aspetos que continuam a influenciar negativamente a competitividade do país com centro de outsourcing: justiça lenta, burocracia e um mercado de trabalho pouco flexível.
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