A poucas horas do começo da 8ª edição do Startup Weekend, esta é para já a melhor edição de sempre a nível de participantes: os últimos números oficiais apontavam para 140 inscritos.

O perfil dos participantes deve ser o mesmo de outros anos, isto é, "muitos empreendedores, alguns geeks, e alguns designers e pessoas ligadas ao marketing", analisou em conversa com o TeK o coordenador de projetos na Beta-i, André Marquet. Todas as equipas vão ter entre 10 a 15 participantes, um número que pode assustar em termos de gestão pessoal mas que as edições de anos anteriores provaram que "em 90% dos casos funcionam".

Ainda que o objetivo da iniciativa seja simular num ambiente real como é criar uma startup e não a criação da empresa em si, André Marquet diz que se no futuro uma ou duas equipas concretizarem o projeto já é muito positivo.

O também organizador do evento confidenciou que apesar de o acompanhamento às ideias ser feito de modo informal depois de terminada a competição, sabe de casos em que os conhecimentos travados no Startup Weekend deram origem a várias empresas que estão atualmente em funcionamento.

Nesta edição André Marquet gostava de ver projetos na área da saúde, que sendo "difíceis de trabalhar" são por norma ideias "muito interessantes". A área de hardware e de projetos que envolvam o Raspberry Pi ou Arduino também seriam sempre bem-vindos, sobretudo se houvesse a oportunidade de desenvolver uma ideia que ligasse objetos "físicos" à Internet.

Contudo o organizador do Startup Weekend está consciente de que a área mobile, das aplicações, das redes sociais e dos projetos comunitários que se propõem a resolver um determinado problema da cidade são os que à partida devem aparecer mais.

A fórmula mágica

Quando as equipas apresentarem a proposta aos jurados vão ser avaliadas em três prespetivas. Um dos pontos de decisão vai recair sobre a validação que os participantes fizeram do projeto, ou seja, o número de entrevistas que realizaram para saber se era viável, o número de potenciais clientes que conseguiram arranjar e o facto de terem ouvido o que as pessoas esperam de um serviço como o que desenvolveram.

Depois a qualidade de apresentação e a forma como conseguem "vender" a ideia também é importante para um grupo que no futuro quer constituir-se como empresa. Por fim pesa ainda a capacidade de trabalho e de como em 54 horas vão conseguir montar uma ideia de trabalho, explorá-la financeiramente e se possível concretizá-la num protótipo funcional.

O evento vai ser acompanhado pelo TeK e também pode ser seguido numa plataforma de liveblogging desenvolvida para a ocasião.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico