A Framie é uma startup que começou no Startup Porto Accelerator (programa de aceleração da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários – e do INESC TEC) e chega agora a um novo patamar. O projeto venceu a edição nacional da Venture Cup, onde não só foi distinguido na área de “ICT & Services” como também no geral da competição.

O projeto em destaque é a aplicação Framie, que pretende mudar os hábitos de colecionismo dos seus utilizadores, criando uma rede de coleções de várias fotografias temáticas para que as pessoas as completem com imagens da sua autoria, como se fosse uma caderneta de cromos. Filipe Lima, Mónica Leiras, Cristiano Silva, Tiago Monteiro e António Lisboa são os empreendedores responsáveis pela Framie.

Ao TEK, António Lisboa explicou que “a ideia surgiu com o Tiago Monteiro, quando estava a trabalhar no Brasil e sentiu a necessidade de ter uma forma melhor de aprender e registar sobre tudo o que lhe era novo e ia vivendo e experienciando”, disse o cofundador. A ideia foi amadurecendo, até 2015, altura em que se “inscreveu no Mestrado de Inovação e Empreendedorismo Tecnológico da Universidade do Porto com o objetivo de tornar a ideia numa realidade”, acrescentou. Foi na faculdade que os membros do projeto se encontraram e começaram a trabalhar em conjunto.

Nesta fase da competição os empreendedores contam com um apoio pecuniário de cinco mil euros para poderem desenvolver o projeto e vão seguir para Copenhaga, entre 18 e 22 de setembro, para disputarem o Prémio da “Melhor Startup Universitária do Mundo”. Lá vão concorrer contra alguns projetos da China, Austrália, Dinamarca e Islândia. Esta é a primeira startup finalista da edição de estreia do programa Startup Porto Accelerator a despontar para ecossistemas internacionais.

A equipa pretende fazer com que o projeto chegue a todo o mundo e olha para esta oportunidade como um passo em frente para se tornar global. “A ambição da equipa é, desde o inicio, tornar a Framie num projeto global e disputar o prémio de melhor startup é mais um passo nesse sentido” comentou com o TEK, António Lisboa, que acredita que o projeto “valida o potencial da ideia e o seu modelo de negócio". "Além disso", disse o responsável, "permite aceder a potenciais investidores que nesta fase inicial têm um papel muito importante, pois como qualquer startup é necessário financiamento de modo a garantirmos que o projeto concretiza os nossos objetivos".

Apesar do que possa parecer, a aplicação Framie não é “apenas uma rede social de partilha de fotos entre utilizadores, como o Instagram ou até o Facebook”, contou ao TEK, António Lisboa, acrescentando ainda que também não é “um mero mural para organizar por temas todas as fotos que tiramos ou encontramos na internet, como o Pinterest”.

A grande ideia que está a conquistar o concurso de aceleração de startups é sim “uma plataforma dinâmica, que segue a lógica de uma caderneta de cromos e permite aos utilizadores completarem coleções temáticas de imagens, previamente definidas, com as suas próprias fotos". Neste caso, afirma,  "a Framie vai desafiar e despertar no utilizador novos interesses e uma motivação para explorar, aprender e partir para a ação que ele não sabia que tinha. Tudo o que pode ser fotografado é passível de ser colecionado e os utilizadores vivem as suas próprias coleções”, conclui o cofundador da Framie.

tek framie
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Atualmente ainda não existe uma aplicação disponível para experimentar, mas os criadores esperam lançar a versão para iOS em setembro. A versão Android, no entanto, está planeada apenas para 2018.