Os activos da Webware, empresa que controla a 100 por cento a Netcall, foram no passado dia 18 de Novembro arrestados no âmbito de uma providência cautelar da 4ª Vara Cível do Tribunal de Lisboa . A acção foi interposta pela Infopulse, empresa de Vítor Magalhães que também é sócio fundador da Netcall.
Em declarações ao TeK, Vítor Magalhães explicou que a medida avança depois de um ano de negociações com a Webware para acertar contas relativamente à plataforma Weblight, desenvolvida pela Infopulse e adquirida pela Webware. De acordo com o responsável estão em causa 250 mil euros.
Através da agência de Comunicação, a Webware defende-se dizendo que se mantém disponível para resolver a questão extra-judicialmente, mas acrescenta que a disputa tem a ver com a justeza do preço face às potencialidades da plataforma. A empresa acusa ainda a Infopulse de usar a imprensa para mediatizar a questão e pressionar a Webware a resolver mais rapidamente a questão.
Por outro lado, Vítor Magalhães considera que a haver disponibilidade para resolver a questão fora dos tribunais isso já teria sido conseguido ao longo do último ano e mostra-se disponível para prosseguir com uma resolução por via judicial da questão, explicou ao TeK.
Entre os activos arrestados pelo tribunal estão as contas da Webware e os servidores da plataforma de desenvolvimento e gestão de sites no centro da questão, a Weblight. A operação terá provocado uma quebra de serviço com implicações para algumas dezenas de clientes da Netcall no serviço de alojamento de sites. O porta-voz da Webware explica no entanto que esta terá sido uma situação momentânea na altura da operação judicial, "já que os bens arrestados foram os da Webware e não da Netcall".
"A Netcall podia ter sido um projecto nacional muito válido, espelho do melhor do que Portugal é capaz, não tivesse perdido a capacidade de inovação necessária a projectos desta natureza e uma visão mais próxima do que é este novo mundo dos serviços integrados IP", sublinha Vítor Magalhães lembrando as eventuais implicações do processo na Netcall.
A Webware é participada em 40 por cento pela PME Investimentos e tem também como accionistas Nuno Oliveira, Luís Ávila, Rui Nascimento, Wiljo Verbruggen, Vítor Magalhães e Edgar Barbosa.
Vítor Magalhães sublinha ainda o facto da PME Investimentos ter vindo a priveligiar "uma falsa estabilidade accionista, assente num incumprimento de responsabilidades assumidas por parte do núcleo accionista residente". A PME Investimentos remete todos os esclarecimentos para a Webware.
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