Amazon britânica recua na decisão de proibir pagamentos com Visa

A medida era uma reação ao aumento das taxas cobradas pela Visa aos comerciantes mas, pelo menos para já, não avança. As empresas estão a negociar uma possível solução.

A Amazon do Reino Unido recuou na decisão e já não vai deixar de suportar pagamentos com cartão Visa a partir de 19 de janeiro, conforme tinha prometido fazer. Em novembro, a empresa tinha publicado uma nota informativa onde dava conta que a decisão resultava do aumento das taxas aplicadas pela Visa, aos comerciantes que aceitam pagamentos com o seu cartão de crédito.

As taxas de intercâmbio nas transações entre Reino Unido e União Europeia estavam limitadas a 0,3% pela legislação europeia. Com a saída do Reino Unido da União Europeia a Visa pôde rever estas comissões e passar a cobrar 1,5% por cada transação.

Ao The Verge, a Amazon explicava na altura que “o custo de aceitar pagamentos com cartões de crédito continua a ser um obstáculo para as empresas que se esforçam para levar os melhores preços aos consumidores”. Acrescentava-se que “estes custos deviam ir baixando ao longo do tempo e com o desenvolvimento tecnológico, mas em vez disso continuam elevados ou mesmo a aumentar”.

Com a medida quase a entrar em vigor, a Amazon do Reino Unido voltou a contactar os clientes para informar que vão poder continuar a fazer pagamentos com Visa, para além do dia 19 de janeiro. Fica por perceber se o fim do suporte aos pagamentos com Visa na loja online da Amazon no Reino Unido ainda pode vir a acontecer.

Em declarações ao Engadget, um porta-voz da empresa explicou para já apenas que a "mudança esperada relativamente à utilização de cartões de crédito Visa na Amazon.co.uk deixará de se verificar a 19 de Janeiro". A mesma declaração acrescenta que a empresa está a “trabalhar de perto com a Visa numa potencial solução para permitir que os clientes continuem a utilizar os seus cartões de crédito Visa na Amazon.co.uk".

Quando a decisão da Amazon foi anunciada, em novembro passado, a Visa reagiu dizendo-se desapontada e considerando que os mais prejudicados com a medida seriam os clientes: “quando as opções de escolha do consumidor são limitadas, ninguém ganha”, sublinhava na altura um porta-voz da empresa em declarações à BBC.