No dia em que celebra o vigésimo aniversário da sua Oferta Pública Inicial, a Amazon regista já um valor de mercado acima de empresas como a Berkshire Hathaway, a Exxon Mobil ou a Johnson & Johnson. Esta segunda-feira, mesmo antes da abertura da sessão na Nasdaq, a retalhista digital chegava aos 459 mil milhões de dólares, o dobro do valor da Wallmart, a maior cadeia de supermercados dos Estados Unidos.

Os últimos anos da empresa foram cruciais neste crescimento. Desde o lançamento da Alexa ao desenvolvimento de novas tecnologias de retalho físico, assinalam-se vários marcos de interesse que justificam a expansão da marca. O fenómeno fica registado nos números. É que para se fazer equivaler à Walmart em valor de mercado, a Amazon precisou de 18 anos. Para o duplicar, a empresa precisou de apenas dois.

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Há que sublinhar que, no entanto, e apesar desta diferença substancial, a cadeia de supermercados norte-americana continua a gerar mais receitas do que a Amazon. Mais do triplo, na verdade. E o quíntuplo dos lucros.

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A discrepância reside, mais uma vez, na capacidade que as tecnológicas têm de vender o futuro. A Tesla é um bom exemplo disso. Recorde-se que em outubro de 2016, a empresa anunciou o primeiro registo de lucro após um período total de três anos de prejuízo.

No caso da Amazon, escreve o Recode, Jeff Bezos vendeu a previsão de um aumento substancial e consistente das receitas em vez de um crescimento dos lucros. Wall Street alinhou e tem proporcionado a concretização das preconizações feitas pelo líder da retalhista que pode assim continuar a investir e sustentar a sua expansão com novas ideias. A Alexa, a entrega com drones, a cloud e os benefícios do Amazon Prime são apenas exemplos daquilo que tem feito a empresa crescer.