A AMD, segunda maior fabricante de processadores do mundo, apresentou esta semana - como muitas outras empresas - resultados financeiros para o último trimestre fiscal. Os números vieram acompanhados de alguma apreensão face ao estado do mercado global de PCs.

O diretor executivo da Advanced Micro Devices, Rory Read, aproveitou para fazer algumas considerações à forma como está a evoluir o sector, apontado quebras e mínimos históricos na atividade.

"Pela primeira vez desde 2001, as vendas de PCs caíram sequencialmente durante três trimestres consecutivos - e têm estado abaixo das médias históricas para os últimos sete trimestres", notou o responsável, citado pela CNET.

O CEO da fabricante norte-americana acredita também "que a indústria dos PCs pode estar a estabilizar num novo padrão [mais baixo]", acrescentou.

A AMD, que terminou o segundo trimestre do ano com uma quebra de 10% nas receitas, para os 1,4 mil milhões de dólares, adiantou também que estima que as vendas desçam 1% no próximo trimestre, face ao valor agora apurado.

Os especialistas realçam que tal representa um retrocesso face àquilo que são as tendências históricas. Em média, as vendas da empresa têm crescido em média 14% entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, na última década.

A Intel, por seu lado, não está tão pessimista. O CEO da maior fabricante de processadores do mundo disse que espera agora que as receitas anuais cresçam entre 3% e 5% em 2012, ainda assim as estimativas representam uma quebra face às inicialmente avançadas.

Um analista da Piper Jaffray, citado pela CNET, afirmou que estes podem ser os primeiros sinais de uma "era pós-PC", com os consumidores a darem prioridade aos smartphones e tablets em detrimento dos computadores.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes