A ANETIE - Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Electrónica acredita que o novo programa governamental SIMPLEX vai ter um impacto positivo na indústria de mais de 100 milhões de euros. Numa análise que acaba de ser divulgada a associação diz que o impacto das medidas do programa de simplificação administrativa e legislativa têm impacto económico directo e indirecto, tendo "um importante contributo para a dinamização do sector nacional das TIE, podendo gerar a dinâmica económica esperada pelo Sector".

Em comunicado a ANETIE cita a análise efectuada ao SIMPLEX onde mais de metade das medidas "pressupõe o recurso às TIE para serem implementadas". Foram identificadas 157 das 333 medidas que "se traduzem na adopção imediata de tecnologias de informação e electrónica, constatando-se, ainda, existirem para além daquelas,
outras 64 medidas com potencial de impacto indirecto no Sector das TIE, uma vez que carecem de sistemas de informação para a respectiva implementação", acrescenta o comunicado à imprensa.

Embora considerando a implementação do SIMPLEX um desafio, a ANETIE acrescenta considerar que "o Sector das TIE nacional se encontra plenamente capacitado para, através de respostas atempadas e de elevados níveis de qualidade, contribuir para assegurar o sucesso do Programa".

Fica porém a preocupação "relativamente a aspectos que, não sendo devida e atempadamente acautelados, comprometem o pleno sucesso do SIMPLEX", nomeadamente a necessidade de garantir a transparência nos processos de aquisições publicas de
bens e serviços. A associação volta a apelar ao fim da "situação anacrónica das aquisições efectuadas através da Central
de Compras do Estado", cuja lista de fornecedores certificados diz possuir mais de oito anos, "reflectindo a desadequação das soluções tecnológicas oferecidas por esta via".

A esta preocupação a ANETIE acrescenta o facto de ter conhecimento de que alguns ministérios não têm "verbas cabimentadas para fazer face a implementação das medidas previstas no SIMPLEX", o que "levanta dúvidas quanto a capacidade para cumprir os prazos estabelecidos no Programa, designadamente
para este ano".

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