A proposta de criação em Portugal de um centro de excelência para a indústria de software foi uma das principais novidades saídas da 7ª Conferência Anual da Associação Nacional de Empresas das Tecnologias de Informação (ANETIE).

A referida proposta foi apresentada pelo presidente da ANETIE, Rui Melo,
que para o efeito apelou à união entre empresas e associações, universidades e outras organizações do sistema científico, tendo por objectivo último a implementação e desenvolvimento no nosso país da Sociedade de Informação.

Com o intuito de passar à prática estas e outras medidas, a ANETIE aproveitou a ocasião para assinar um protocolo de cooperação com a (UMIC) Unidade Missão para a Inovação e Conhecimento que a consagra como interlocutor privilegiado entre o Estado e a sociedade civil neste particular, conferindo-lhe ainda responsabilidades acrescidas quanto à definição, divulgação e avaliação do impacto de novas iniciativas neste âmbito.

No que diz respeito ao protocolo, este define como objectivo último o desenvolvimento da Sociedade de Informação e o aprofundamento do chamado eGovernment. Para isso, as duas entidades irão trabalhar no terreno de forma a dinamizarem o mercado de bens e serviços tecnologicamente avançados, estabelecendo redes de parcerias estratégicas com a indústria, apoiando empresas do sector e fomentando a formação especializada de profissionais neste mercado.

Em paralelo, a ANETIE tinha marcada para ontem (durante a sessão de encerramento da sua conferência anual) a assinatura oficial de um outro protocolo de colaboração desta feita com a SEDISI (Asociación Espanõla de Empresas de Tecnologias de Información), que no entanto não se chegou a concretizar devido ao atraso da sessão.

Registe-se que o protocolo, já em vigor, tem como objectivo a promoção, cooperação e o estabelecimento de parcerias entre empresas portuguesas e espanholas da área das Tecnologias da Informação. Em declarações ao TeK, Tiago Massa Valente, porta-voz da ANETIE, adiantou que a grande mais valia da implementação deste protocolo - além das óbvias de trocas de informações úteis, experiências e hipóteses de negócio - é o facto da congénere espanhola estar, neste particular, mais adiantada em termos estatísticos, uma vez que trabalha segundo métodos standard a nível europeu. Com esta parceria pretende-se, entre outras coisas, que as empresas e organizações venham a uniformizar os seus indicadores de mercado, de forma a que o seu relacionamento com firmas espanholas, e não só, possa vir a simplificar-se.

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