Os números não enganam. Depois de ser a categoria com maior crescimento na empresa, com um aumento de 48% entre o 2º trimestre de 2018 e o de 2019, o mercado dos wearables está a crescer tanto a nível global, como na Apple.
No último relatório de contas da empresa da maçã, o iPhone continuava a ser o dispositivo da empresa que mais dinheiro trazia para os seus cofres, ainda que passando de 63% no 2º trimestre de 2018 para 48% no mesmo período de 2019 do valor total da receita. Segue-se os serviços e o Mac no top 3 das receitas.
No entanto, Neil Cybart, analista da Above Avalon, acredita que essa realidade deverá mudar brevemente. O analista considera que os serviços wearables, onde estão incluídos os AirPods e o Apple Watch, vão acabar por ultrapassar as categorias do Mac e do iPod até ao final de 2020 ao nível das receitas.
Para além do relatório de contas da gigante tecnológica poderem sugerir isso mesmo, com os wearables quase a exceder os serviços em termos de distribuição neste último trimestre, os dados da Strategy Analytics divulgados no início de agosto indicam um aumento de 44% do número de smartwatches distribuídos no mercado, chegando a 12,3 milhões no 2º trimestre deste ano.
Entre esse período e o mesmo trimestre de 2018, a distribuição passou de 8,6 milhões de unidades para 12,3. As distribuições do Apple Watch em concreto são as maiores, seguindo-se a Samsung e a Fitbit.
Na publicação no site que fundou, Neil Cybart assume que a análise dos resultados financeiros nesta categoria é difícil, uma vez que a Apple não divulga vendas de unidades para nenhum dos produtos. Mas, "um modelo financeiro preciso e um acompanhamento próximo das pistas da Apple" conta a história, sugere.
Neil Cybart prevê que, se o ritmo atual se mantiver, "os wearables ultrapassarão tanto o iPad quanto o Mac no final de 2020, tornando-se a terceira maior categoria de produtos atrás do iPhone e dos Serviços, em termos de receita".
Numa observação mais atenta sobre o crescimento da receita de wearables, o analista assume como evidente que a Apple está a beneficiar tanto dos preços médios de venda mais altos do Apple Watch e dos AirPods, para além do crescimento contínuo e forte das vendas por unidade.
No segundo trimestre de 2019 a Apple registou uma receita de 53,8 mil milhões de dólares, um crescimento de 1% face ao mesmo trimestre de 2018.
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