Cerca de 2 por cento dos prémios das seguradoras são aplicados em gastos nas Tecnologias da Informação, que correspondem nas empresas portuguesas a cerca de 8 euros por apólice, apurou um estudo hoje apresentado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), realizado em conjunto com a Accenture. Os dados referem-se a 2002 e o estudo contou com a colaboração de 14 seguradoras, pretendendo fazer uma referência e uma comparação dos custos de tecnologia e identificando oportunidades de melhoria dos serviços de informática.

De acordo com o relatório, cinco seguradoras com custos anuais em TIs superiores a 5 milhões de euros apresentam nesse ano 22 milhões de euros em gastos médios anuais. Noutras três, com custos anuais entre 1 milhão de euros e 5 milhões de euros, a média foi de quatro milhões de euros de investimento em TIs.

No total destas oito companhias, metade dos valores são gastos em hardware, software e comunicações, sendo a restante parcela aplicada em recursos humanos. Em outras seis companhias com custos anuais inferiores a 1 milhão de euros, os gastos ascenderam aos 350 mil euros, sendo que 70 por cento são gastos em hardware, software e comunicações.

Em média, os recursos de origem interna em Tecnologias de Informação, variam entre os 70 e os 90 por cento. Significa que os custos totais com informática representam entre 1,5 e 2,7 por cento dos prémios, valores em linha com o benchmark europeu.

Segundo Miguel Rio-Tinto, Presidente da Comissão Técnica de Inovação e Desenvolvimento da APS, "este estudo, disponibiliza às companhias um conjunto de métricas sobre os sistemas de informação que permitirão identificar as funções com maior potencial de melhoria". E acrescenta, "os resultados revelaram os potenciais benefícios que as companhias de seguros poderão obter se implementarem este instrumento como uma ferramenta de trabalho recorrente".

Estima-se que, nas cinco seguradoras já referidas, cerca de 58 por cento do orçamento em TI é gasto no suporte ao negócio existente. No segundo conjunto das três companhias, este valor é de 53 por cento e nas restantes seis, cerca de 75 por cento. As diferenças traduzem as diferentes políticas de investimento no sector.

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