Mariano Gago, ministro da ciência, tecnologia e ensino superior adiantou hoje que Portugal não está entre os países da Europa onde o número de jovens que escolhem as áreas de ciência e tecnologia no ensino superior tem diminuído.



Na conferência que sucedeu a reunião informal de ministros da competitividade da União Europeia desta manhã em Lisboa, o ministro explicou que o desenvolvimento de recursos humanos qualificados na área da ciência e tecnologia foi uma das três áreas de discussão do encontro e uma das três principais preocupações europeias nesta área.



Mariano Gago, acompanhado pelo comissário europeu para a ciência e Investigação, Janez Potocnik, negou que houvesse na Europa "uma incapacidade global para fixar recursos humanos qualificados em ciência e tecnologia" e acrescentou que há nesta área "um nível muito elevado de recursos humanos qualificados".



O ministro reconheceu no entanto, que tem faltado a capacidade para fazer multiplicar esses recursos e fomentar o interesse pelas áreas junto dos jovens. Isto embora, esta seja uma realidade que não afecta todos os países da Europa da mesma forma. Se em alguns casos se regista um decréscimo de estudantes nas áreas da C&T, noutros - como Portugal - há um aumento, embora tudo somado resulte numa estagnação, ou como classifica ministro, "num muito ligeiro crescimento dos recursos humanos qualificados".



Nesta área dos recursos humanos os ministros europeus identificaram três principais problemas, que devem ser endereçados nas políticas comunitários: o número de jovens que optam pela área de C&T; a fraca representatividade do sexo feminino - que embora tenha uma grande penetração no ensino superior isso não se estende à C&T - e a política europeia de emigração, que tornar-se mais atractiva para os recursos humanos qualificados que pretendem vir trabalhar para a Europa.



A criação de condições favoráveis à Investigação e Desenvolvimento e a criação de condições para aumentar o investimento público em I&D foram as áreas que, a par com a dos recursos humanos, dominaram o encontro.



Mariano Gago considerou que com o novo quadro comunitário de apoio aprovado para os próximos sete anos a Europa tem condições para se focar nas políticas nacionais e atingir os objectivos comunitários, através de uma cooperação entre Estados. "Em matéria de inovação hoje não nenhum país que possa salvar-se sozinho".



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