Durante 2019, a Sony assumiu uma postura de contenção, com menos lançamentos do que em 2018, provavelmente um dos melhores anos da atual geração, com títulos como Marvel’s Spider-Man e God of War a venderem muitos milhões de cópias. E mesmo a PlayStation 4 tinha ultrapassado a barreira dos 100 milhões. A preparação da PS5, prevista para o final de 2020, mudou a estratégia da gigante nipónica, colocando a maioria dos seus estúdios a trabalhar na nova geração, e com o adiamento de jogos importantes como The Last of Us II e Dreams para 2020,  ou mesmo DOOM Eternal e Watch Dogs Legion,  deixou um 2019 ainda mais fragilizado do que se esperava inicialmente.

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E os resultados menos bons estão à vista, segundo o relatório de contas da Sony sobre o terceiro trimestre que acabou no final de dezembro. No que diz respeito ao negócio do gaming, o trimestre decresceu 20% face ao mesmo período de 2018, incluindo consolas PS4 como videojogos, tanto produzidos pelos seus estúdios internos, como editoras externas.

As receitas operacionais do sector decresceram cerca de 180 milhões de dólares durante o trimestre, levando a empresa a ajustar as suas previsões de final do ano fiscal em menos 459 milhões de dólares (3%) e receitas operacionais de 46 milhões de dólares.

Por outro lado, apesar do decréscimo de 7% nas vendas de videojogos não era de prever, considerando a PlayStation a consola mais popular da quadra natalícia. Isso pode justificar-se pelo aumento do número de subscritores do serviço PS Plus, de 36,4 milhões no terceiro trimestre de 2018, para os 38,8 milhões no mesmo período em 2019.

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Apesar deste abrandamento nas receitas, a empresa continua empenhada na preparação da PlayStation 5 para este ano, o que significa também que os jogos adiados no ano passado vão "obrigar" a um aumento das receitas para 2020.