A Asus anunciou em meados de feveiro a entrada no mercado empresarial em Portugal. O primeiro objetivo da tecnológica é crescer. E crescimento, numa altura em que um dos principais mercados onde a Asus opera está a afundar, é algo que é bem visto pelos responsáveis da empresa.

Quando se pensa na Asus uma das associações que se faz automaticamente está ligada ao mercado dos PCs e do gaming. Mas a empresa quer ir além desta imagem e quer fazer na Europa aquilo que já faz há algum tempo nos mercados asiáticos: conquistar as empresas.

"Chegou o momento de expandir na Europa, selecionando mercados onde o segmento empresarial existe. No mercado português há sempre novas oportunidades de negócio", comentou a empresa a propósito da "chegada" a Portugal.

A Asus quer fazer valer junto do mercado corporativo a imagem de fiabilidade e qualidade que conseguiu conquistar junto do consumidor privado ao longo dos anos. Mas quais são afinal as expectativas da empresa neste novo segmento que vai atacar?

"Esperamos ter um crescimento sustentado, apostando forte na consolidação do produto de qualidade que apresenta aos seus parceiros. Temos como objetivo de negócio duplicar as atuais quotas de mercado que temos", revela a empresa relativamente aos planos já para 2014.

Estrategicamente, ou não, a Asus entra no mercado empresarial português apenas dois meses antes do final de vida do Windows XP. A renovação do parque tecnológico pode passar pelo software, mas também pelo hardware, e neste campo a tecnológica de Taiwan reconhece uma oportunidade. Mas existem muitas tendências emergentes que a Asus quer aproveitar.

"O fim do Windows XP vai trazer-nos mais oportunidades de venda. Mas não só o Windows XP, existem novos conceitos de multipoint, virtualização, cloud privada, que criam igualmente oportunidades para a venda de PCs".

Em Portugal já existem outras marcas tecnológicas também muito associadas à área dos PCs que já prestam serviços empresariais. A Asus pretende dar luta à concorrência apostando numa "maior segurança na proteção de dados, eficiência energética, assim como no software de monitorização e gestão de recursos".

A robustez dos produtos também é um ponto onde a tecnológica pensa conseguir cativar novos clientes, isto porque de acordo com análise da Asus, existem "ambientes laborais hostis: humidade, pó, sobreaquecimento, picos de corrente e má circulação de ar".

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico