“As atividades comerciais relacionadas com moedas virtuais são atividades financeiras ilegais”, apontou o banco central da China, em comunicado difundido no seu portal oficial.
A mesma nota acrescentou que os infratores serão “investigados por responsabilidade criminal, de acordo com a lei”.
A decisão proíbe todas as atividades financeiras envolvendo criptomoedas, como negociação em moedas virtuais, transações envolvendo derivativos de moedas virtuais e “arrecadação ilegal de fundos”.
Nos últimos anos, o “comércio e a especulação em torno da bitcoin e outras moedas virtuais popularizaram-se, perturbando a ordem económica e financeira, dando origem à lavagem de dinheiro, arrecadação ilegal de fundos, fraude, esquemas de pirâmide e outras atividades ilegais e criminosas”, denunciou o banco central.
As plataformas que permitem negociar criptomoedas no exterior e que fornecem serviços na China continental são também ilegais, esclareceu o banco central chinês.
“As trocas de criptomoedas no exterior que usam a Internet para oferecer serviços aos residentes domésticos também são consideradas atividades financeiras ilegais”, lê-se.
Após o anúncio, a Bitcoin desvalorizou em quase 6% para cerca 41.300 dólares, de acordo com o portal especializado coindesk.
A Bitcoin caiu drasticamente, em maio passado, na sequência de um alerta de Pequim aos investidores contra a negociação especulativa de criptomoedas, mas recuperou parte do seu valor no último mês.
Em junho, as autoridades chinesas relataram a detenção de mais de 1.000 pessoas suspeitas de usar dinheiro obtido através de atividades criminosas para comprar criptomoedas.
Várias províncias chinesas baniram também a “mineração” de criptomoedas desde o início do ano.
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