A Comissão Europeia anunciou que irá promover as tecnologias da informação e comunicação como veículo para a melhoria da eficiência energética em diversos sectores, a começar na rede eléctrica, iluminação, entre outros.



A decisão surge no âmbito dos esforços da CE no combate às alterações climáticas e tem como meta cumprir os objectivos a que Bruxelas se propôs nesta área até 2020, nomeadamente no que se refere a uma economia de forte crescimento mas com baixas emissões de carbono, onde cerca de 20 por cento dos consumos de energia seriam reduzidos.



Como tal, o executivo comunitário compromete-se a incentivar a indústria das TIC a liderar a redução das suas próprias emissões de CO2 e a adoptar comportamentos mais verdes, dando o exemplo a outros sectores. Um dos pontos de partida poderá passar pelos servidores informáticos mais avançados, que "consomem a mesma quantidade de energia que uma lâmpada normal", diz a CE referindo que "se a sua utilização for generalizada, podem economizar até 70% de energia".



Viviane Reding, Comissária para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação, frisa que a tomada de uma postura mais amiga do ambiente trará "uma situação vantajosa para todos, em que as TIC promoverão a competitividade da indústria da UE, impulsionando, ao mesmo tempo, a luta contra as alterações climáticas".



Em comunicado, a CE explica ainda que as TIC podem tornar a gestão das redes eléctricas mais eficientes, facilitando a integração das fontes de energias renováveis, e dá o exemplo da Dinamarca, onde metade da electricidade é produzida através de redes descentralizadas e a energia eólica representa cerca de 20 por de toda a electricidade produzida.



A Comissão Europeia frisa ainda que está a lançar um processo de consulta junto da indústria e de outras partes interessadas para encontrar formas de reduzir os consumos energéticos nas cidades já que é nestes zonas que é consumida mais de 75 por cento da energia do mundo e produzidas 80 por cento das emissões de CO2. Como tal, segundo o executivo comunitário, as zonas urbanas poderão vir a ser o terreno ideal para testar, validar e implantar novas soluções baseadas nas TIC.



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